Exageros
Para quem pensa que as regras anti-tabágicas estão a ser muito fortes em Portugal, aqui vai uma história:
Um casal foi a Inglaterra. Vivem na Dinamarca onde também há regras anti-tabaco, mas são os dois fumadores. Estiveram toda a semana em trabalho mas no fim-de-semana decidiram conhecer outra cidade próxima e alugaram via net, um quarto numa pensão «bed and breakfast», casa pequena com meia dúzia de quartos.
Chegaram, deixaram as malas no quarto e foram conhecer a cidade. Regressaram bastante cansados e foram para a cama cedíssimo. Mas antes de se deitar, ele apetece-lhe fumar um cigarro. A mulher avisa-o de que está ali um letreiro proibindo fumar no quarto mas ele insiste – de janela aberta, fuma o cigarro e desfaz-se da beata. Deitam-se.
Quase duas horas depois acordam sobressaltados com um barulho ensurdecedor. Saltam da cama, vestem-se de qualquer maneira, encontram-se no corredor com os outros seis hóspedes também assarapantados e fogem todos para a rua.
A dona-da-casa apareceu e desligou o detector. Enquanto eles esperavam na rua a senhora dá uma volta a todos os quartos e regressa a dizer que está tudo em ordem, devia ter sido um falso alarme, e desfaz-se em desculpas. Ora, enquanto esperavam na rua, os meus amigos dinamarqueses tinham acendido um cigarro que apagaram quando voltaram a entrar em casa. Entram no quarto e preparavam-se para voltar para a cama quando ouvem umas violentas pancadas na porta, e deparam com a senhoria que lhes atira «Estiveram a fumar no quarto?…» O ‘culpado’ pensando que não seria grande crime, confessou «Sim, um cigarro, à janela, e já foi há 2 horas…»
Com esta frase a mulher tornou-se numa fúria «RUA! Façam as malas e saiam IMEDIATAMENTE!» Karl, que é tipo pachorrento, responde «A estas horas? Mas que ideia… Se quiser multe-nos, mas não saímos agora!» resposta que fez a criatura dar meia volta, descer as escadas e levantar o telefone. A minha amiga, que tinha ido atrás dela, pergunta-lhe «Mas o que está a fazer?» «A chamar a polícia. Vocês invadiram a minha casa e vou mandar prendê-los!»
Conclusão, fizeram mesmo as malas à meia-noite e acabaram num hotel caríssimo, o único onde havia quarto.
À saída, o culpado ainda lhe atirou «Olhe que deve mandar consertar esse detector. Se leva duas horas a dar sinal, da próxima vez que tiver um incêndio quando cá chegar só vai encontrar cinzas…»
Um casal foi a Inglaterra. Vivem na Dinamarca onde também há regras anti-tabaco, mas são os dois fumadores. Estiveram toda a semana em trabalho mas no fim-de-semana decidiram conhecer outra cidade próxima e alugaram via net, um quarto numa pensão «bed and breakfast», casa pequena com meia dúzia de quartos.
Chegaram, deixaram as malas no quarto e foram conhecer a cidade. Regressaram bastante cansados e foram para a cama cedíssimo. Mas antes de se deitar, ele apetece-lhe fumar um cigarro. A mulher avisa-o de que está ali um letreiro proibindo fumar no quarto mas ele insiste – de janela aberta, fuma o cigarro e desfaz-se da beata. Deitam-se.
Quase duas horas depois acordam sobressaltados com um barulho ensurdecedor. Saltam da cama, vestem-se de qualquer maneira, encontram-se no corredor com os outros seis hóspedes também assarapantados e fogem todos para a rua.
A dona-da-casa apareceu e desligou o detector. Enquanto eles esperavam na rua a senhora dá uma volta a todos os quartos e regressa a dizer que está tudo em ordem, devia ter sido um falso alarme, e desfaz-se em desculpas. Ora, enquanto esperavam na rua, os meus amigos dinamarqueses tinham acendido um cigarro que apagaram quando voltaram a entrar em casa. Entram no quarto e preparavam-se para voltar para a cama quando ouvem umas violentas pancadas na porta, e deparam com a senhoria que lhes atira «Estiveram a fumar no quarto?…» O ‘culpado’ pensando que não seria grande crime, confessou «Sim, um cigarro, à janela, e já foi há 2 horas…»
Com esta frase a mulher tornou-se numa fúria «RUA! Façam as malas e saiam IMEDIATAMENTE!» Karl, que é tipo pachorrento, responde «A estas horas? Mas que ideia… Se quiser multe-nos, mas não saímos agora!» resposta que fez a criatura dar meia volta, descer as escadas e levantar o telefone. A minha amiga, que tinha ido atrás dela, pergunta-lhe «Mas o que está a fazer?» «A chamar a polícia. Vocês invadiram a minha casa e vou mandar prendê-los!»
Conclusão, fizeram mesmo as malas à meia-noite e acabaram num hotel caríssimo, o único onde havia quarto.
À saída, o culpado ainda lhe atirou «Olhe que deve mandar consertar esse detector. Se leva duas horas a dar sinal, da próxima vez que tiver um incêndio quando cá chegar só vai encontrar cinzas…»
9 comentários:
:))
Boa história!
Realmente quando se entra na senda do fundamentalismo, vai tudo à frente!
A resposta do teu amigo é formidável...
Estava a ler e só me lembrava do anúncio dos Gatos sobre os detectores!!!!!!
Eu, já fumei.
Quando os meus filhos eram crianças, e se detectou a asma, em todos eles, a mãe também tem esse historial, numa das várias consultas tive um médico que me perguntou se eu fumava. Perante a resposta positiva, aconselhou-me a não fumar em casa, que viesse para a janela ou para a rua, fumar. Como gosto de estar com as pessoas, achei a ideia absurda e resolvi deixar de fumar. Umas dezenas de anos depois, fui eu que adoeci com os meus problemas e uma das razões porque os tratamentos resultaram em êxito, foi o não fumar, o grande responsável.
Dito isto, e perante o que contas, compreendo as duas partes, mas não estou de acordo com o exagero, que neste caso chamaria desumanidade, pois não se põe uma pessoa na rua, só porque teve a coragem de assumir ter fumado, há duas horas, porque se o detector disparou, com essa temporização(?), eu levo mais para outro hóspede que não teve a coragem de assumir a sua falta e que provavelmente fumou dentro do quarto.
Deixo, contudo, um conselho: "Não fumem, ou façam-no o menos possível, tendo sempre em conta, os outros."
Luteranos,mas não penses que não chegamos lá...só que latinos temos uma tendencia para transgredir,graças aos deuses.AB
No caso dos ingleses anglicanos,claro.AB
O meu marido que é fumador sempre gostava de estar relaxado, fumando o seu cigarro, bebendo um café, após as refeições. Na NL tb só se pode fumar na rua, em casa ou em alguns cafés e restaurantes (mas querem mudar isso, a hotelaria têm-se oposto porque fumadores são bons clientes, dizem eles). Até agora as medidas têm sido aceitáveis e compreensíveis, só que entretanto já atingiram um ponto ridículo, no cais das estações de comboio. Aí, portanto ao relento, foram colocados uns pilares-cinzeiros, em determinados pontos do cais, onde há mais vento, não vá a aragem levar algum fumo para os outros passageiros. Acho isto um tanto ridículo e hipócrita, qdo o estado vive dos imensos impostos do tabaco, cada maço custa 4,80 e vai passar para 5,10. Se todos parassem iriam sofrer no orçamento. Além disso, os carros e as centrais de electricidade poluem mais do que fumar num cais...
Quanto a isto do tabaco acho muito bem, é até pouco.
Já sabia a tua opinião FJ. Saber eu que em tempos fumaste e agora deu-te com tanta força!!! Pelo que sei, creio que mesmo que vás na rua se apanhas com o fumo do senhor da frente ficas enjoado...
:))))
Ah, cliquei para entrar antes de acabar as respostas aos outros.
King, sabes que me aconteceu o mesmo? Só me lembrava de ouvir « Foi o detector! Qual detector?!!»
Zé, já uma vez tinhas contado a tua história, e creio que há por aí muitos e muitos ex-fumadores com situações muito semelhantes.
Pois é AB, a nossa tendência para a transgressão é conhecida. O giro, nesta história é que quem estava a querer acatar as normas era ela que é portuguesa, quem não se ralou foi o dinamarquês!
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