Educação e Saúde
Dois dos grandes elefantes brancos, Educação e Saúde, estão na berlinda por causas moderadamente positivas. O Ministério da Educação fez anunciar um ‘pacote’ de 10 de medidas logo no primeiro dia útil de Setembro. E são positivas sem dúvida, apesar de pouca água para a sede com que se anda.
Um dos pontos mais vistosos liga-se com a Acção Social Escolar: mais alunos podem passar a ser acompanhados e no caso dos do ensino secundário cujos cursos profissionais sejam fora das suas zonas de residência, essas deslocações terão comparticipação. É também aumentada a comparticipação em livros e material escolar, o que e um dos problemas graves para os pais. E noutra área mas penso que muito importante, a colocação dos professores nas escolas por três anos – beneficia todos, professores e alunos. Quanto à Saúde soprou a velinha do primeiro ano de existência das Unidades de Saúde Familiar Quando surgiram no ano passado, parecia ser a grande solução e foi nessa base que se quis extinguir alguns Centros de Saúde. Nessa altura abriram 4 como modelo, e desejava-se pulverizar o país com essa resposta, que para tudo correr bem deveriam ser umas centenas. Um ano depois parece existirem apenas 70 respostas. Muito pouco para o desejável. E o chocante é que, pelos vistos, «o mal está na "máquina"» segundo dizem. Os técnicos até aderiram a essa resposta, mas faltam instalações, sistemas de informação e até pessoas suficientes, porque se podem tirar pessoas dos Centros de Saúde sem alternativas. É o nosso velho costume de se desejar colocar um telhado antes de se cavarem os alicerces.
Um dos pontos mais vistosos liga-se com a Acção Social Escolar: mais alunos podem passar a ser acompanhados e no caso dos do ensino secundário cujos cursos profissionais sejam fora das suas zonas de residência, essas deslocações terão comparticipação. É também aumentada a comparticipação em livros e material escolar, o que e um dos problemas graves para os pais. E noutra área mas penso que muito importante, a colocação dos professores nas escolas por três anos – beneficia todos, professores e alunos. Quanto à Saúde soprou a velinha do primeiro ano de existência das Unidades de Saúde Familiar Quando surgiram no ano passado, parecia ser a grande solução e foi nessa base que se quis extinguir alguns Centros de Saúde. Nessa altura abriram 4 como modelo, e desejava-se pulverizar o país com essa resposta, que para tudo correr bem deveriam ser umas centenas. Um ano depois parece existirem apenas 70 respostas. Muito pouco para o desejável. E o chocante é que, pelos vistos, «o mal está na "máquina"» segundo dizem. Os técnicos até aderiram a essa resposta, mas faltam instalações, sistemas de informação e até pessoas suficientes, porque se podem tirar pessoas dos Centros de Saúde sem alternativas. É o nosso velho costume de se desejar colocar um telhado antes de se cavarem os alicerces.
5 comentários:
Tu dizes, e é uma imagem que também me aparece muito, que são elefantes brancos. realmente são Ministérios de um tamanho descomunal e cá para mim, até eles começarem a descentralizar, será muito difícil aquilo ser governável! Claro que a «descentralização» é melindrosa porque não se vai cair da frigideira para o lume, ao oferecer de bandeja os mil ditadoresinhos das autarquias o poder de manipular em seu favor decisões importantes. Mas cá para mim, o caminho só pode ser o da descentralização e no Ministério ficar o traçar as grandes linhas da política da Saúde ou Educação.
Por exemlo, realças uma decisão que também me parece boa: um professor poder manter-se na mesma escola durante 3 anos. É bom para ele (imagino) e é sobretudo bom para os alunos que não andam todos os anos a mudar de professor. Isso tem de ser uma decisão central, é óbvio. mas há muitas outras questões que seriam bem melhor resolvidas no local, por quem conhece bem o meio onde vive.
Quanto às USF, pelo que se lê ali, o interior continua mal... Diz o Ministério que é onde há mais médicos de família. Custa-me acreditar. Pode haver MAIS mas em relação a quê?!
Chamem-lhes o que chamarem, criem o que criarem que, enquanto NADA se reflectir, na vida de todos nós, eu não acredito em nada! Mesmo as soluções encontradas e presumivelmente de sucesso, vamos esperar para ver. Estou demasiadamente céptico para acreditar, sem experimentar.
O problema da credibilidade de todas estas acções é que todas ou quási todas elas parecem ser medidas de propaganda tal é o "impacto"com que são anunciadas que depois se reduz à montanha que pariu o rato.Ainda ontem,em pleno telejornal uma professora chorava o fim de não sei quantos anos de carreira e a não colocação neste momento...não era uma mulher jovem e percebia-se perfeitamente a sua angustia.Inquirida sobre isto,com uma frieza a toda a prova a ministra declarava que não era papel do Ministério fornecer "consolo".O jornalista reagiu dizendo que não era concerteza o consolo que a senhora pedia ...mas emprego ou perspectivas de futuro.Foi respondido com a mesma frieza que isso era um problema do país e que muito provavelmente perspectivas não havia....Talvez que em jeito de consolação, um dia destes, uma embaixada de ministros e secretários de Estado lhe batam à porta a oferecer....um computador portátil...(digo eu )AB
Bom, quem chega atrasado aos comentários acontece-lhe isto - já foi dito o que ia começar a dizer (antes de os ler)
Por um lado, é 'ver para crer' por melhor que as coisas se apresentem, em seguida que a montanha realmente pariu o rato, e as gotas de água com que ilustras o post até parecem maiores do que estas 10 medidas em relação ao tamanho dos outros problemas...
Tal como a AB, também fico arrepiado com a indiferença com que os senhores governantes olham as questões humanas. Como cientistas a olhar insectos à lupa; aquilo é bicharada que não tem nada a ver consigo que tem trabalho garantido assim como os seus rebentos.
É complicado acreditar nas medidas melhores antes de elas passarem à prática, tens razão, amigo Zé. e realmente o aparato parecia que iam ser coisas mais importantes, contudo se isto se concretizar já nem é mau...
Enviar um comentário