segunda-feira, setembro 17, 2007

Educação e formação


...portanto o mal é antigo.
O ensino anda pelas ruas da amargura, e evidentemente que não são as novas tecnologias e os portáteis distribuídos pelo nosso governo, que trazem a solução milagrosa. Desde há muito que a escola não cumpre bem a sua função, para se poder ter chegado à conclusão de que
três quartos dos adultos só têm ensino básico .
Estamos mais uma vez, para não variar, na cauda da Europa. Depois há queixas de que temos pouca formação. Pudera, quando a primeira formação de todas, a escola, é abandonada tão cedo e tão mal…

PS - Já agora vão ver o que diz a professora Saltapocinhas
Tal e qual.

7 comentários:

Anónimo disse...

Este é de facto um ciclo infernal. temos de sair daqui custe o que custar!!!
Aquilo que nos conta a Saltapocinhas, é de ficar de boca aberta: os «filhos do 25 de Abril» ainda estão iguais aos pais?????

Anónimo disse...

Acho piada à pergunta da Joaninha.Se virmos bem os "filhos do 25"estão por vezes piores que os pais.Na altura as Universidades lutavam pela autonomia e pela qualidade do ensino e por isso fizeram greves,que,politizadas abalaram o regime.A seguir começaram as chamadas "passagens administrativas".Essa gente se não foi para a politica foi para o ensino(como?)...Depois veio a moda da "marca minesterial" ou seja cada ministro vinha deitar abaixo a reforma anterior porque havia que deixar a sua visão pedagógica para o futuro...além de que em aulas de vários graus de ensino se ensinava sobretudo ideologia em vez de se preparar "massa crítica"...E isto podia começar nos jardins de infancia e acabar nas universidades passando pelas campanhas de alfabetização do "povo".Depois foi a vez dos especialistas,os rapazes das Ciencias da Educação,gente normalmente vinda dos exilios politicos, porque cá não havia tal cousa, e vá de teorias cada uma mais bizarra que outra e sobretudo sem nenhuma relação com a realidade...(esses continuam de forma diferente mas continuam desligados)e por fim a corja ministerial de visão economicista e lógica académica no seu pior que vem impor as "boas práticas" o que na tradução quer dizer fazer o frete ao governo.È este o caso ... neste momento embora eu até achasse que esta ministra era a menos "politica" do elenco.Quanto a esta ridicula acção da entrega de computadores,a preço "simbolico" a crianças(só a algumas já agora gostava de saber qual foi o critério da escolha)além de cheirar desabaladamente a propaganda-uma internet para cada português era o sonho do 1º engenheiro (de que lhes serve se não souberem como orientar a pesquisa )levanta outras questões: a cultura humanistica onde anda ela e "ó pra nós tão europeus"a tecnologia vem substituir todo o outro conhecimento ó engenheiros de almas do meu país que como diria o O'neill tinha 3 silabas de plástico que sempre era mais barato?AB

Anónimo disse...

Não sei como é, mas parece a «dança das cadeiras», mexe-se em tudo (programas, técnicas de ensino, exigências aos professores, facilidades de toda a ordem aos estudantes) e no fim fica tudo na mesma, ficam os mesmo sentados e os mesmos em pé.

Contudo, que gente que tem hoje 30 anos seja a amostra que nos dá a Saltapocinhas é impressionante.

josé palmeiro disse...

O teu escrito, a constatação da "Raposinha", sempre atenta e actuante, e o excelente comentário da AB. repõem as coisas no seu devido lugar, nada mais há a acrescentar. Reflitamos no que nos diz AB, lá está tudo caracterizado, chegando ao ponto de citar o fulcro da questão, os jardins de infância, e a criação de massa crítica, que deveria aí ter começado, e começou, só que prontamente deitado abaixo pelas sucessivas hordas de lacaios do poder.
Nada mais tenho a acrescentar, porque tudo está dito e de uma forma crua e simples de forma que, só não entende, quem não quiser.

saltapocinhas disse...

Infelizmente não tenho nada a acrescentar... só... infelizmente!

Inês disse...

Posso? só uma coisinha, para quê estudar à antiga, gastar dinheiro e massa cinzenta, hã!
O post e os comentários são bem claros : não modificámos o mundo!

cereja disse...

A gente calcula, Saltapocinhas. E como reelembra aqui o Zá Palmeiro, o pré-escolar e o 1º ciclo são os alicerces de todo o edifício pedagógico. Se não ficam firmes é o desastre que conhecemos.
Claro que a AB tem razão, apesar do tom amargo que usou - mas a amargura justifica-se quando se sonha com alguma coisa na juventude e anos depois se constacta afinal «o estado a que isto chegou»...