A melhor concorrência
Ficamos a saber que «são cada vez mais os exemplos de empresas de calçado que encontraram o caminho certo para combater a crescente invasão do mercado europeu com produtos asiáticos»
Aleluia!
Será que é desta que os empresários e gestores entendem que esta guerra não se irá ganhar baixando indefinidamente os custos à conta dos salários (porque os salários asiáticos serão durante muuuuito tempo mais baixos do que os europeus !) e sim explorando a melhor qualidade dos produtos? Sobretudo, no calçado onde não é de agora que se sabe que os nossos sapatos têm boa qualidade. Quem não teve a experiência de estar no estrangeiro, ver um par de sapatos especialmente bonito e ao espreitar a etiqueta ler «made in Portugal»?
Pois se temos a experiência e temos bons profissionais, parece evidente que o caminho é por aí.
Aleluia!
Será que é desta que os empresários e gestores entendem que esta guerra não se irá ganhar baixando indefinidamente os custos à conta dos salários (porque os salários asiáticos serão durante muuuuito tempo mais baixos do que os europeus !) e sim explorando a melhor qualidade dos produtos? Sobretudo, no calçado onde não é de agora que se sabe que os nossos sapatos têm boa qualidade. Quem não teve a experiência de estar no estrangeiro, ver um par de sapatos especialmente bonito e ao espreitar a etiqueta ler «made in Portugal»?
Pois se temos a experiência e temos bons profissionais, parece evidente que o caminho é por aí.
6 comentários:
Muito bem dito. Já comprei vários sapatos na NL em lojas de qualidade que só vendem calçado saudável e de marca...e para satisfação minha MADE IN PORTUGAL. Mas nota-se a invasão doutros mercados mais baratos DE qualidade inferior...Começando pelas botas de futebol que passado um ou dois meses se descolam...(a garantia é de durar uma época de futebol de ca. 8 meses). Nestes casos frequentes, quase sempre se pode devolver na loja, trocar por um outro par ou receber o dinheiro de volta...Ao meu filho chegou a acontecer que num período de 6 meses devolveu e recebeu 3 pares porque após um mês acontecia o mesmo...eram realmente todos fabricados em países asiáticos, comprados em lojas de desporto especializadas, o que não rima...
Muito bem dito.
É o exacto oposto do ditado «se não os podes vencer junta-te a eles», que neste caso é caminhar para o desastre. Também acho (e como eu toda a gente de bom-senso) que a competição tem de ser pela qualidade e nunca pelo preço.
Se vamos querer concorrer pelo preço, estamos feitos!
Ainda daqui a uns tempos vamos comprar «sapatos portugueses» feitos na China... Se fazem isso com as roupas de marca!
Essa é uma verdade verdadeira.
Deixem-me contar uma cena que se passou comigo e com os meus filhos, à cerca de vinte anos. Estava eu já a viver no Algarve, quando uns amigos do Alentejo, vieram passar um fim de semana alargado, connosco. Trouxeram um primo, luso-amereicano de nome Frank Eusébio da Silva. Exactamente, Eusébio em homenagem ao Pantera Negra. Esse primo gostava de enaltecer que nos EUA as coisas eram todas boas, de belíssima qualidade e dentre essas coisas, a toalha de praia, era de um algodão, como não havia igual no mundo. Não quiz quebrar a emotividade do Frank, ali de imediato, mas quando foi para a água, fui certificar-me da qualidade do algodão. Isso mesmo era uma toalha Made in Portugal, assim sem mais. Foi um gozo completo, no regresso do banho.
Com a hostória esqueci-me de reforçar a ideia de que é pela qualidade, dos artigos, do design e da confecção, que nos devemos diferênciar. É anossa mais valia.
E se calhar..., king, se calhar! Desde que tenham prestígio tudo se imita.
Essa história, Zé, é bem engraçada. Imagino a cara desse primo. Faz lembrar algumas anedotas que conhecemos...
Lia - Tem graça essa 'atenção' das lojas aí na Holanda. Mas a verdade é que foram as grandes marcas que criaram as fábricas em países onde a mão de obra é mais barata. Se a qualidade baixa, são as tempestades dos ventos que semearam! Não se pode ter tudo - explorar a força de trabalho e ter bons resultados.
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