Os óculos
«Quem não tem que fazer faz colheres» diz-se, coisa que nunca entendi. Não conheço ninguém que faça colheres, nem considero que isso entretenha seja quem fôr… Mas, pelo menos eu, quando não tenho que fazer acho graça a observar o que se passa à minha volta.
E, este fim-de-semana, sentada relaxadamente num café a folhear um jornal deu-me para ver o modo como as pessoas usam os óculos.
Ora começando pelo princípio, uns óculos ou estão no seu sítio, pendurados no nariz, ou não. Se estão postos, não há muito que observar a não ser o modelo, a marca, mas não é por aí que quero ir.
Acontece que, quando não estão a ser precisos, vamos ter de escolher onde se colocam. E aí é que se nota a diferença de personalidade de cada um.
Há uma classe de pessoas, arrumadinhas, que quando os não usam os guardam na sua caixa que, por sua vez, vai para um bolso ou para a mala. Essa opção dá-lhes mais trabalho quando voltarem a precisar deles porque terão de percorrer o caminho todo ao contrário, mas ficam seguros, é claro. Há também os que os dobram, e encaixam uma das hastes na abertura da camisa, ou no decote da tee-shirt. (este é mais o 'meu' sistema). Temos ainda quem use um fio ou uma correntezinha, que prende a cada uma das hastes e quando não os está a utilizar deixa-os pendurados do pescoço como um colar. E há por fim quem os use no alto da cabeça como uma bandolete. Atenção não estou a fazer nenhum juízo de valor. Isto é apenas observação!
Mas…
A mensagem que chega se repararmos nas pessoas é curiosa. Entre alguém que tenha os
óculos pendurados por uma correntezinha e outra pessoa que os coloque no alto da cabeça, quem parece mais 'jovem' e ‘moderno’? É uma escolha como outra qualquer mas que indica um modo de se situar na sociedade. Giro, não é?
Claro, que não referi uma última hipótese – tirá-los e poisá-los em cima da primeira coisa que está à mão. Esta opção, que é a da esparvoada que está agora a escrever isto, tem como consequência perder-se um tempo idiota à procura deles, quando não se perdem definitivamente!
Não a aconselho.
E, este fim-de-semana, sentada relaxadamente num café a folhear um jornal deu-me para ver o modo como as pessoas usam os óculos.
Ora começando pelo princípio, uns óculos ou estão no seu sítio, pendurados no nariz, ou não. Se estão postos, não há muito que observar a não ser o modelo, a marca, mas não é por aí que quero ir.
Acontece que, quando não estão a ser precisos, vamos ter de escolher onde se colocam. E aí é que se nota a diferença de personalidade de cada um.
Há uma classe de pessoas, arrumadinhas, que quando os não usam os guardam na sua caixa que, por sua vez, vai para um bolso ou para a mala. Essa opção dá-lhes mais trabalho quando voltarem a precisar deles porque terão de percorrer o caminho todo ao contrário, mas ficam seguros, é claro. Há também os que os dobram, e encaixam uma das hastes na abertura da camisa, ou no decote da tee-shirt. (este é mais o 'meu' sistema). Temos ainda quem use um fio ou uma correntezinha, que prende a cada uma das hastes e quando não os está a utilizar deixa-os pendurados do pescoço como um colar. E há por fim quem os use no alto da cabeça como uma bandolete. Atenção não estou a fazer nenhum juízo de valor. Isto é apenas observação!
Mas…
A mensagem que chega se repararmos nas pessoas é curiosa. Entre alguém que tenha os
óculos pendurados por uma correntezinha e outra pessoa que os coloque no alto da cabeça, quem parece mais 'jovem' e ‘moderno’? É uma escolha como outra qualquer mas que indica um modo de se situar na sociedade. Giro, não é?Claro, que não referi uma última hipótese – tirá-los e poisá-los em cima da primeira coisa que está à mão. Esta opção, que é a da esparvoada que está agora a escrever isto, tem como consequência perder-se um tempo idiota à procura deles, quando não se perdem definitivamente!
Não a aconselho.








19 comentários:
Como sempre muito oportuna na sua escolha aborda aqui um tema que também me leva a criticar o procedimento por me parecer, tal qual o uso dum casaco ou camisola amarrada à cintura uma moda perfeitamente descabida e sobretudo no 2º caso inestética. Mas gostos são gostos e como sempre se afirmou não se discutem, embora também nos assista o direito à critica.
:)
Obrigada Raul!
É tal e qual, gostos são gostos e modas são modas. Mas apeteceu-me sorrir um pouco.
Mas olha que fazes colheres, muito bem!
Como também padeço do mal da observação, este escrito, veio mesmo a calhar. Uso óculos, para ver, coisas da idade, mas é um desatino, nunca sei onde os ponho, ainda bem. Concordo inteiramente com a tua reflexão e essa da modernidade é mesmo como dizes. Gostei!
É a tal confusão, os «óculos de ler», os óculos escuros, os disto e os daquilo. A correntezinha tem as suas vantagens, mas como notas tem um ar de senhora de meia-idade, enquanto os no cocuruto da cabeça são os «dos jovens», mas claro que quando baixmos a cabeça lá vão eles ao chão! E os pendurados pela corrente também batemos com eles se nos inclinamos...
Chatices é que é!
Mas está muito bem apanhada a tua «classificação sociológica» lol!
PS - Amigo Raul, cá vem mais uma contra a moda dos casacos a fazer de saia... E o top curto, as calças descaídas e a barriguinha gelatinosa a tremelicar ali à vista...? Há quem não se enxergue e use só porque é moda sem se ver ao espelho!
Olha que há quem os tire só para dormir! por causa das "coisas";
e ainda há os que usam correntinha para os não perder, os põe na cabeça para fazer qualquer coisa e não bater em nada e no fim corre a casa toda à procura deles!!!
(é esquisito vir a seguir a uma Méri, mas é mesmo assim...)
Gostei tanto deste teu escrito!!! Sobretudo da parte final :))
É que eu uso tudo - da corrente, à cabeça, ou ao pendurar no decote, e o mais cómico é que ando muitas vezes com eles num desses sítios e à procura deles!!!!!
Eu é mais óculos de sol. E quanto à correntezinha não cheguei ainda a ela, mas enfio-os na tee-shirt, ou, já me tem acontecido também prendê-los à cabeça, mas olha lá não é para ser moderno ou jovem!!!!! Quando volta a fazer sol, puxo-os para baixo e pronto!
O que é que tens com isso?! :))))
Bem escrito e bem observado.
Cada um de nós começa a logo a ver onde é que se encaixa!...
Pois é Joaninha. Não se vêm ao espelho ou então não conseguem enxergar o ridículo que os padrões da moda lhes impõem. Mas insisto. Gostos são gostos e não se discutem embora nos assista este direito de os criticar.
Pois eu uso todas as opções que descreves. Dependendo da situação, do tempo que tenho e do que estou a fazer. :)
Olha eu é quase sempre no cimo da cabeça, mas não tem nada a ver com estilo, tem a ver com o facto de antes ser tirar os óculos e deixar em cima de qualquer coisa, e assim lá foram 3 quase novos à vida... ao menos agora (quando resisto a pousá-los em algum lado) não os perco!
És má, Emiéle! Trocista de um raio!
A gente atira com os óculos para a cabeça sobretudo quando são óculos de sol; pendura numa corrente quando são de-ver-ao-pé! E há quem tenha uns bifocis e tudo, esses não se tiram.
Olha que os «de-ver-ao-pá» não se costumam pôr na cabeça!
:)))
Olá amigos!
Ora vêm como o tema era interessante...?! É que todos usamos óculos, quem não precisa deles graduados, precisa para o sol.
E pela amostra recolhida temos aqui todas as posições, quero eu dizer, todos os modos de os ter sem ser à frente dos olhos...
Gui, sou um nadinha trocista, e depois...? Não ofende. :)
Bem visto. A insidiosa lei da gravidade ajuda ainda à confusão.
Para isso só a correntezinha. Mas por vezes começam a bater em coisas quando nos inclinamos, como lembrou a Méri...
Resumindo, perfeição não há!
os que os põe na tolinha são almas modernas e caridosas.
oferecem á caspa o uso dos óculos...
eu uso-os na cabeça só porque me dá jeito...tenho de usar óculos escuros, mas tiro-os quando entre nalgum lado ou até por um sitio mais sombrio.
Presos na roupa caem-me sempre!
Por enquanto só uso os de sol, só porque ainda não fui ao médico!
Espero não chocar muito o Raul, mas quando faz calor e eu tenho casaco amarro-o â cintura para ficar com as mãos livres.
Pode não ser lá muito estético mas é prático! Assim como prefiro as mochilas às carteiras (ou bolsas ou lá como se diz)
Saltapocinhas - Eu também chamava «carteiras» àquelas coisas que levamos connosco para guardar chaves, porta-moedas, agenda, lenços, essa tralha... mas corrigiram-me várias vezes, dizendo que carteira é aquilo a que eu chamava porta-moedas com divisões para cartões.
E o resultado é que agora nem sei como chamar. Digo «mala», digo «bolsa», eu sei lá!
De resto, quanto aos teus hábitos de vestuário, já sabemos que és «gelado de morango», ou seja tudo o que é jovem está certo para ti!!!!
Ainda está por inventar a solução para "como e onde pousar os óculos", está visto que todas as opções têm as suas vantagens e desvantagens.
Eu geralmente recorria ao "pousar em qualquer lado", mas, ao fim de uns anos evito, já os perdi, já lhes dei uma marretada e cairam ao chão (partindo-se), riscavam-se as lentes se ficavam mal pousados.......
Agora ando mais moderna, ponho-os na cabeça, mas não é para parecer jovem, é porque tenho o cabelo volumoso e a bandolete até me faz jeito, a sério. Isto porque também tenho algum preconceito sobre esse modo de os pousar, é que me irrita a moda das "Mónicas Andreias" que usam os óculos de sol na cabeça para enfeitar "chova ou faça sol", enfim, são manias!
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