segunda-feira, julho 30, 2007

Ofícios

E, na mesma onda de simplificação, a Classificação Nacional de Profissões, também extinguiu um monte delas.
Neste caso faz sentido porque é mesmo verdade que certas profissões, sobretudo as manuais, desapareceram por completo.

De início registavam-se 3.800 ofícios. Na primeira 'monda' baixaram para metade. Desta vez talvez tenham ainda baixado mais, mas o certo é que
outras profissões estão a nascer . Sobretudo as relacionadas com as novas tecnologias, ou novas necessidades sociais.
Na Natureza talvez seja certo que nada se perde nem nada se cria, mas na vida social isso está sempre a acontecer.

6 comentários:

Anónimo disse...

No título do post tu já dás uma orientação: eu creio que existe uma diferença entre o 'ofício' e a 'profissão'.
É claro que com o avançar dos anos e o evoluir das necessidades existem trabalhos que deixam de ter sentido. Por outro lado aparecem outras muito importantes.
O boneco que descobriste, o chapeleiro, é um deles. É claro que ainda há chapéus, mas se são feitos à mão só lá na China!....

Anónimo disse...

A TV5 Europe tem um programa que se chama Nec Plus Ultra e trata simplesmente de ofícios(às vezes tão aparentados com as artes)e respectivos produtos, que se tornaram,converteram, em objectos de luxo, exactamente porque são manufacturados segundo canones tradicionais.AB

Anónimo disse...

Também temos de 'reciclar' as canções infantis.
já imaginaste o «Jardim da Celeste«?

....
- Que ofício lhe darás, giroflé, giroflá?
- Ofício de osteopata, giroflé, giroflá.
-Esse ofício não lhe agrada, giroflé, giroflá.
-Ofício de ajudante de lar e centro de dia, giroflé, giroflá.
-Ela aí vai agradecer, giroflé, giroflá!
....
Vai ser assim ,não é?
Mas as cantigas de roda, passaram a play-station!

Anónimo disse...

Só uma coisa - devias dizer para clicar no desenho, que em maior fica com mais pormenores.

cereja disse...

Tiveste graça, Mary.
Olha como na altura não disse nada da gravura, penso que já nem vale a pena...
AB, não conheço esse programa, mas é verdade há certos ofícios que são mais «artes» do que profissões.

josé palmeiro disse...

Este meu vai vem, tem sido interminável.
Bem, cá estou de novo, até porque este escrito me fascinou, por tudo e em especial pela gravura.
Este assunto intrigava-me desde que, há uns anos, fui às finanças com a minha filha para ela se colectar. A dado passo para ela escolher a profissão em que se enquadrava, prespegaram-lhe, com um guia de profissões, nas mãos, sendo a maioria, completamente, desadequada da época, o que obrigou, a interessada a escolher uma coisa, e não uma profissão, antes uma aproximação.
Quanto ao que diz a AB, concordo e lembro que as escolas do tipo Soares dos Reis, no Porto ou António Arroio em Lisboa eram efectivamente de Artes e Ofícios. De resto, hoje em dia, quem tem jeito para os trabalhos manuais, tem possibilidades de ganhar a vida.