Não há petróleo em Dafur
Nos episódios seguintes à invasão do Iraque, os defensores dessa intervenção confrontados com a realidade da inexistência das famigeradas armas de destruição massiva, recorreram a outro argumento: assim acabou-se com uma ditadura e ajudou-se um povo que sofria.
Não vou voltar a lembrar como se cumpriu esse desígnio e se esse povo agora sofre menos (?!), mas essa "ajuda"internacional aliada que se fez ao Iraque ocorre-me sempre quando penso em Dafur.
Nessa terra, desde 2003 confirma-se ter havido mais de 200 mil mortos, cerca de 200 mil refugiados e 2,5 milhões de deslocados internos A comunicação social, pendularmente, vai dizendo «umas coisas». O Alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos vai fazendo umas recomendações de vez em quando. Pois é. As boas intenções do Mundo ficam por aí – boas intenções.
Parece que uma intervenção mais firme está fora de questão.
Por lá não há petróleo.
Não vou voltar a lembrar como se cumpriu esse desígnio e se esse povo agora sofre menos (?!), mas essa "ajuda"
Nessa terra, desde 2003 confirma-se ter havido mais de 200 mil mortos, cerca de 200 mil refugiados e 2,5 milhões de deslocados internos A comunicação social, pendularmente, vai dizendo «umas coisas». O Alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos vai fazendo umas recomendações de vez em quando. Pois é. As boas intenções do Mundo ficam por aí – boas intenções.
Parece que uma intervenção mais firme está fora de questão.
Por lá não há petróleo.

4 comentários:
A caricatura diz tudo
«Alguém» que faça alguma coisa, desde que não nos chateiem...
E de certeza que não há petróleo? E diamantes? Alguma coisa se devia arranjar para chamar a atenção.
É um verdadeiro drama, de que ainda se não sabem nem adivinham os resultados. Um autêntico barril de pólvora!
Não sei se a caricatura diz tudo,como diz a Joaninha...nestas coisas a Europa demite-se completamente ...Estou-me a lembrar de uma conversa tida há pouco tempo com uma pessoa de quem sou amiga.Fiz uma analogia (sem retirar o mérito ao assunto)entre a mediatizasação do desaparecimento da criança McCann e a divulgação desde o Papa às altas instancias americanas.Disse que se isso era obra à partida de um casal aflito não via da parte da Imprensa nem das entidades oficiais empenho nem na centésima parte na divulgação e pressão sobre o que se passa em Darfur em que milhares de crianças,etc,etc,.Esta pessoa com responsabilidades politicas respondeu-me"Vamos chamar os bois pelos nomes.Mandavas para lá o teu filho?"Acredito que a resposta tão desasjustada e lateral, aquilo que era o assunto da conversa ,se deva ao assumir de uma má consciencia politica ,digamos assim,colectiva.Responder pela classe...defendendo-a...qd.não há defesa possivel.Não há mesmo.Ab
Claro que na caricatura é o Tio Sam que não mexe uma palha, mas o que gostei foi da frase «Uma pessoa pode fazer a diferença» e a resposta «Essa pessoa devia apressar-se», ou seja OS OUTROS que façam, e essa carapuça creio que serve para todo o Mundo.
Concorda-se que «alguém» deve agir, e ficamos à espera...
Essa tua amiga, AB, nem há palavras! Sobretudo sendo uma tipa com responsabilidades, não sou eu ou tu.
Aliás ela não mandaria para lá o filho dela se o tiver, mas mandaria para o Afeganistão, Kosovo, Iraque?...
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