Mais olhos que barriga
A notícia é boa.
Ficámos a saber que o Estado vir a conceder apoios fiscais às pequenas e médias empresas que empreguem desempregados com mais de 55 anos o que nos alegra. Sim senhor, segundo se diz «as empresas que contratem a tempo inteiro e por tempo indeterminado desempregados com idades superiores a 55 anos» passarão a ter benefícios fiscais. Tudo o que seja incentivos para diminuir o desemprego, é de aplaudir, e sabemos que a partir dos 50 anos se se perde o emprego a tragédia ainda é maior porque é quase impossível ser-se aceite por uma empresa.
Aqui o único «senão» que vejo é que parece que se está a esquecer, ou a dar como adquirido que foi um sucesso, a política «simétrica» de integração no mercado do trabalho de jovens. Tinha sido uma boa medida, mas ainda estamos a ver quias os seus resultados. O tal incentivo ao ‘emprego jovem’ nem por isso diminuiu o desemprego nessa faixa de idade, ou se diminuiu foi numa percentagem muito pequena. Seria bom levar-se uma política até ao fim antes de iniciar outra, ou parece que ao nível de emprego se quer tocar muitos instrumentos ao mesmo tempo e nenhum com competência. Seria importante que estas medidas fossem acompanhadas como deve ser ou, o que acabará por acontecer, as empresas apanham os subsídios e, depois de conseguirem os benefícios, acabam por despedir esses trabalhadores e ir à procura de outros.
Era o truque que faziam com os jovens e que passarão a fazer com os + de 55.
Boa inspecção, precisa-se. Ou então ao saber que «o Estado virá a conceder apoios fiscais às pequenas e médias empresas que empreguem desempregados com mais de 55 anos » nós pensamos:
5 comentários:
Tu escreves e comentas, em simultâneo. Deixas-nos numa situação em que está tudo dito, depois tens, como eu, a experiência de ter um filho que não entrou no dito programa de emprego para jovens, não é? Mas agora, eu vou experimentar, como tenho mais de 55, vou ver se a minha filha me emprega lá no barzinho dela, e ao menos beneficia de qualquer coisa. Vai ter uma sorte!!!
Cá venho eu de carreirinha atrás dos comentários do Zé... :))
Pois Zé Palmeiro a graça da Emiéle que é ler umas coisas e comentá-las é também o que nos deixa sem depois sem nada de original para dizer!!!
Estou como ela - tudo o que for para diminuir o desemprego seria excelente. Só que o que parece é que mais uma vez de está a pensar antes do mais, em compensar as empresas que cada vez andam mais como ali se diz «subsídiodependentes» GRRRR!
Afinal, como aqui diz o Zé com muita graça, o que os pais podem fazer será proporem-se para empregados dos filhos a ver se eles (os filhos) assim ainda beneficiam de algo!
Pelo menos se derem alguma resposta a esta fatia de idades, já não será mau.
(Claro que assim vão poupando nas reformas antecipadas, não é?)
Gostei do que disseram. A verdade é que o emprego jovem ainda está um caos! Porque a precaridade tem que se lhe diga! Sem alguma 'garantia' de emprego, tudo o resto é difícil: ter casa, fundar família, arranjar seguros de saúde, enfim ter uma vida que não seja toda a curto prazo.
O que não quer dizer que a faixa etária de que aqui se fala não seja também muito sensível, mas eu penso nos jovens e... vejo a vida andar para trás.
A minha opinião é que TODOS são importantes. Os jovens por um motivo, os de mais idade pr outro, os da 'fatia do meio' por outro. O desemprego é das piores coisas que pode acontecer a uma pessoa, e não só por não ganhar, até pelo ociosidade que implica. Essa ociosidade gera muitas vezes depressão.
Contudo, como deixei ali em dúvida, será que esta medida vai ajudar mais os trabalhadores ou as empresas?...
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