A lei não prevê
As leis tentam prever tudo quase tudo. Ainda há pouco tempo se falou de uma maldade - não sou capaz agora de recordar o que era – que não era proibido praticar-se porque não ocorreu a ninguém que se pudesse fazer.
Hoje sou lembrada de outra situação original: «a lei permite que um médico ou enfermeiro declarem objecção de consciência num hospital público, não realizando o aborto pedido pela mulher, e façam a interrupção voluntária da gravidez (IGV) num privado»
Pensando bem, faz sentido.
Não se pode ‘obrigar’ a um trabalho recusado por esse motivo, mas não se poderá interferir com o que faz nas horas livres.
Olaré!
Quero imaginar que isto seja apenas uma hipótese bizantina, imaginada por almas perversas, mas tem o seu quê de interessante agora que parece se estar a observar tantos hospitais pejadinhos de ‘objectores de consciência’.
Hoje sou lembrada de outra situação original: «a lei permite que um médico ou enfermeiro declarem objecção de consciência num hospital público, não realizando o aborto pedido pela mulher, e façam a interrupção voluntária da gravidez (IGV) num privado»
Pensando bem, faz sentido.
Não se pode ‘obrigar’ a um trabalho recusado por esse motivo, mas não se poderá interferir com o que faz nas horas livres.
Olaré!
Quero imaginar que isto seja apenas uma hipótese bizantina, imaginada por almas perversas, mas tem o seu quê de interessante agora que parece se estar a observar tantos hospitais pejadinhos de ‘objectores de consciência’.
4 comentários:
Mas lembro-me muito bem de uma situação,digamos,paralela.Qd. se começou a falar em Portugal do chamado método da Kharma ,ou seja, o aborto por aspiração, vieram cá muitas mulheres militantes de movimentos holandeses e franceses que ensinavam a técnica,ainda antes de se poderem importar as máquinas próprias.O custo que essas intervenções comportavam eram diminutos e o risco muitissimo menor do que no aborto tradicional.Ora bem.Médicos conceituados estavam nessas aulas (chamemo-lhes assim)uma vez que tudo se passava semi clandestinamente e se não estavam mandavam enfermeiras para aprender a técnica que depois iam realizar nos seus consultórios...ao preço que a sua craveira profissional e nome ditavam.Alguns deles são considerados hoje históricos da despenalizacão da IVG.Enfim...choses.AB
Muito interessante o depoimento da AB!
É que esta coisa dos interesses privados tem que se lhe diga. Olha, Emiéle, não me admira mesmo nada que realmente essa hipótese estranhíssima venha a suceder.
Já há para aí comunicados e contra-comunicados da ordem e do raio. Para haver tanto fumo, já acredito no fogo.(isto parece que venho com a embalagem do post de cima!)
AB., naquele comentário, informativo, diz tudo, sobre a craveira de boa parte dessa gente. A ipocrisia é demasiada. De qualquer forma, na privada é que bom e barato.
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