Avaliar os professores
Que os professores sejam avaliados parece natural e justo.
Afinal qualquer trabalhador o deverá ser para poder rectificar e melhorar a sua acção e não se vê que deva existir nenhuma classe profissional se não se submeta a esse exame.
Que um dos critérios seja os resultados obtidos pelos seus alunos, também não vejo mal. Um bom profissional do ensino é o que ensina bem, e portanto os seus alunos devem aprender bem.
Mas…
Essa avaliação deve estar integrada num grande conjunto de factores. Se «a avaliação tiver sempre por referência os objectivos estabelecidos no projecto educativo e no plano anual para o agrupamento» parece-me justo. O erro seria comparar ‘cegamente’ os resultados de todos os professores, o que podia produzir as maiores injustiças (a não ser os professores de matemática do 9º ano…) porque os ambientes onde trabalham podem alterar as regras do jogo.
Seria que os resultados obtidos por um professor que trabalhe com alunos de uma escola de um bairro residencial de classe média alta, ou numa pequena escola de uma aldeia onde as famílias sejam organizadas e estáveis, se pode comparar com um que trabalhe num bairro problemático com jovens de características pré-delinquentes?... Acredito que no último caso também se possam conseguir bons resultados, mas o esforço para isso é incomparável. Portanto terá de ser uma perspectiva de conjunto, e se assim for creio que a classe até terá vantagens.
Afinal qualquer trabalhador o deverá ser para poder rectificar e melhorar a sua acção e não se vê que deva existir nenhuma classe profissional se não se submeta a esse exame.
Que um dos critérios seja os resultados obtidos pelos seus alunos, também não vejo mal. Um bom profissional do ensino é o que ensina bem, e portanto os seus alunos devem aprender bem.
Mas…
Essa avaliação deve estar integrada num grande conjunto de factores. Se «a avaliação tiver sempre por referência os objectivos estabelecidos no projecto educativo e no plano anual para o agrupamento» parece-me justo. O erro seria comparar ‘cegamente’ os resultados de todos os professores, o que podia produzir as maiores injustiças (a não ser os professores de matemática do 9º ano…) porque os ambientes onde trabalham podem alterar as regras do jogo.
Seria que os resultados obtidos por um professor que trabalhe com alunos de uma escola de um bairro residencial de classe média alta, ou numa pequena escola de uma aldeia onde as famílias sejam organizadas e estáveis, se pode comparar com um que trabalhe num bairro problemático com jovens de características pré-delinquentes?... Acredito que no último caso também se possam conseguir bons resultados, mas o esforço para isso é incomparável. Portanto terá de ser uma perspectiva de conjunto, e se assim for creio que a classe até terá vantagens.
10 comentários:
As premissas até se aceitam, resta saber como as executar. Esse é que é o problema, e este ministério não me dá garantias de isenção.
Pois não...
Vamos ver como se sai desta.
Se for assim, como o artigo diz, parece correcto, e como é evidente cada profissão deve ter a sua avaliação, nada contra.
Já o que o Palmeiro diz, faz pensar, porque até agora este Ministério não nos deu motivo para o considerarmos muito isento...
Já agora vejam esta história que contou a Isabel.
Interessante?...
Penso que os professores não se estão a queixar disto. O que ouvi é que era bastante burocrático.
Será?
Mas a história da Isabel, que fui lá ler ao Troll, demonstra a rigidez de um sistema do qual os professores e conselhos directivos das escolas fazem parte.
Acontece muito eu sentir um espírito muito (demasiado) corporativo, nessa classe. E, creio que eles próprio reconhecem que há colegas que precisavam de ser chamados à ordem, porque afinal a mancha recai sobre toda a calasse... O grave é que esta ministra fez o mesmo que o governo está a fazer com a Função Pública: em vez de corrigir o que há a corrigir, leva tudo a eito sem explicações. Acaba por ter o efeito oposto ao pretendido.
Nesta caso, é claro que deverá haver avaliações. Mas para serem bem feitas devem entrar em linha de conta com muitas das variáveis de que aqui falas. Por exemplo, se NA MESMA ESCOLA um professor obtem bons resultados e outro maus resultados, deve entender-se o que se passou. E a avaliação poderá ser mais justa.
lol! Queria escrever «classe» e não «calasse».. Aquele a a mais até parece um trocadilho.
Acho que todos os trabalhadores devem ser avaliados, mesmo na prespectiva de melhoramento e de satisfação. O que me parece, a julgar pelo que está a acontecer na restante Administração Pública em relação ao novo sistema da avaliação (SIADAP, que é uma vergonha),é que isto não passa de mais uma medida de poupança, assim como de desarticulaçao da função Pública, como tem vindo, e está a acontecer!
Leonidas, essa tua «desconfiança» tem raízes naquilo que vamos sabendo e entendendo. Por todo o lado, desde estes escândalos das pessoas quase moribundas a quem é recusada a reforma e mandadas trabalhar, a classificações com quotas, onde em ceros serviços só pode haver uns tantos muito bons, porque isso poderia abrir caminho a uma promoção, tudo indica um economicismo completamente desumanizado.
E pretende-se que os trabalhadores 'invistam' no seu trabalho. Com que incentivo?...
nada a acrescentar, disseste tudo!
Uma sugestão: manda este texto à ministra, porque ela parece não saber disto!!
só agora li os outros comentários e quero dizer ao king que, se a escola não faz 2 turmas é porque não tem autorização (ou professores ou instalações)para o fazer...
Também se pode dar o caso de ter um CE incompetente, porque também os há, e muito! Mas sabes que fazer parte dos executivos é que dá "pontos"? Trabalhar com os alunosd é que não dá nada!!
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