A TV e a realidade
No sábado deixei para aqui a confidência de que tenho gasto parte destas minhas mini-férias enfiada num sofá a olhar molemente a TV.
É a verdade. Claro que beneficio de o ar que respiro ser bem mais limpo do que em Lisboa, de o silêncio à minha volta ser repousante, se estar a viver estes dias sem horários, mas sinto-me sem vitalidade nenhuma o que facilita a instalação do vício TV.
E se então citei aqui as séries policiais (falei no CSI, mas também vejo o «Sem rastro», «As mentes não-sei-quê», tudo o que vai passando naquele ecrã, não me faço esquisita) hoje vem a talhe de foice, os «Serviços de Urgência»
Interessante a série e entretém muito (tenho pena da saída do George Cloney que dava mais gracinha àquilo, mas ainda passam por lá uns rapazes que não são de deitar fora) Ficamos baralhadíssimos com aquele calão técnico, maravilhados com a rapidez com que aparecem os resultados das análises ainda mal foram pedidas, e já sabemos que de cada vez há um ou dois casos que ‘acabam bem’ e um que ‘acaba mal’. É o modelo que é fácil de apanhar.
Mas o que me faz espécie, nestas séries dos hospitais, é a bagunça do ponto de vista asséptico. Certo, a gente ali não está dentro de uma sala de operações, contudo vemos praticar operações que parecem gravíssimas e tão urgentes que nem dá tempo a enviar o doente para o outro piso onde deve estar a sala de operações «à séria». E o que vemos, é quem está a intervir no paciente veste bata, touca, luvas, máscara, mas o que separa a ‘mesa de operações’ do resto é uma cortina muitas vezes, e se não é não se nota que o ambiente esteja esterilizado. Tanto assim que os familiares que estão sempre a ver tudo, muitas vezes entram por ali dentro, com as suas roupas da rua, os seus sapatos, com todos os vírus possíveis…
É normal?
É a verdade. Claro que beneficio de o ar que respiro ser bem mais limpo do que em Lisboa, de o silêncio à minha volta ser repousante, se estar a viver estes dias sem horários, mas sinto-me sem vitalidade nenhuma o que facilita a instalação do vício TV.
E se então citei aqui as séries policiais (falei no CSI, mas também vejo o «Sem rastro», «As mentes não-sei-quê», tudo o que vai passando naquele ecrã, não me faço esquisita) hoje vem a talhe de foice, os «Serviços de Urgência»
Interessante a série e entretém muito (tenho pena da saída do George Cloney que dava mais gracinha àquilo, mas ainda passam por lá uns rapazes que não são de deitar fora) Ficamos baralhadíssimos com aquele calão técnico, maravilhados com a rapidez com que aparecem os resultados das análises ainda mal foram pedidas, e já sabemos que de cada vez há um ou dois casos que ‘acabam bem’ e um que ‘acaba mal’. É o modelo que é fácil de apanhar.
Mas o que me faz espécie, nestas séries dos hospitais, é a bagunça do ponto de vista asséptico. Certo, a gente ali não está dentro de uma sala de operações, contudo vemos praticar operações que parecem gravíssimas e tão urgentes que nem dá tempo a enviar o doente para o outro piso onde deve estar a sala de operações «à séria». E o que vemos, é quem está a intervir no paciente veste bata, touca, luvas, máscara, mas o que separa a ‘mesa de operações’ do resto é uma cortina muitas vezes, e se não é não se nota que o ambiente esteja esterilizado. Tanto assim que os familiares que estão sempre a ver tudo, muitas vezes entram por ali dentro, com as suas roupas da rua, os seus sapatos, com todos os vírus possíveis…
É normal?
6 comentários:
Por isso é que aquilo é ficção, olha lá!!!!
(falta o nosso George, mas há para lá uns outros nada maus...!)
Claro que não é «normal» como disse agora a Joaninha é...ficção!
Numa emergência até no "mato" se opera. Numa urgência, nem tanto.
Por isso é que se fala ultimamente nas equipas de emergência, que actuam numa primeira fase "de qualquer maneira" (não é de qualquer maneira, claro, têm critérios) e depois encaminham para os serviços "a sério".
Por cá temos muito pessoal capaz de o fazer, mas se o fizer e correr mal, aparecem logo os títulos nos jornais e como ainda não há essa especialidade...
Já muito fazem as equipas do INEM, no local dos acidentes, e aí já nos habituamos, mas se fôr no próprio hospital...
Olha que também tenho pensado nisso.
A Méri tem razão. Uma coisa é uma aflição, uma emergência ( e olha que nesse Serviço de Urgència também tem havido cenas dessas, estou a lembrar-me de uma onde se salvou um miúdo com o tubo de uma caneta bic no meio de uma torrente de água ou coisa assim) outra uma Urgência comoaqui aparece. aqula coisa da cortina parece pouco asséptico e realmente a presença da família e amigos muito estranho...
Comos outros disseram: Ficção!!!
Apoio os dizeres dos meus antecessores, nada mais há a crescentar.
Sublinho, no entanto a chamada de atenção da Méri, muito oportuna e esclarecedora.
Eu sei que a ficção tem de ser exagerada. Por isso os tais episódios dos CSIs são tão acelerados e resolvem tido tão depressa. Mas neste caso não é bem um exagero, aparentemente é uma falta de cuidado... Até aquele coisa de lavar as mãos, bem sei que eles usam luvas para as coisas graves, mas não se vêm a lavar as mãos, por exemplo!
Concordo inteiramente com a frase da Méri: «Por cá temos muito pessoal capaz de o fazer, mas se o fizer e correr mal, aparecem logo os títulos nos jornais e como ainda não há essa especialidade...» E quando corre bem, nem se fala nisso!
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