Pobrezinhos em tudo
Comparar salários mínimos não é apenas comparar as quantias que se recebem nos diversos países analisados. É, sobretudo, comparar o que representa essa quantia em poder de compra (e deveria também ser equacionado, na minha perspectiva, com a quantidade dos bens oferecidos pela política social dos países que se estão a comparar)
Ora comparado o poder de comprar se um salário mínimo português com o da Espanha ou França, vê-se não apenas que ele é menor, o que é natural porque o conjunto de todos os outros salários também é maior nessas terras, mas que se compram muito menos coisas. E isso já não é natural.
Os franceses com o seu salário mínimo conseguem comprar o dobro dos produtos que nós conseguimos.
Mas nem é apenas isso que devemos avaliar. Para se ser justo se formos comparar com outros países, deveríamos também avaliar não apenas o que se pode «comprar» mas aquilo a que o cidadão tem direito a nível de saúde, a apoios sociais como creches ou jardins de infância, a qualidade de transportes… Creio bem que quanto mais comparássemos pior nos sentiríamos.
Ora comparado o poder de comprar se um salário mínimo português com o da Espanha ou França, vê-se não apenas que ele é menor, o que é natural porque o conjunto de todos os outros salários também é maior nessas terras, mas que se compram muito menos coisas. E isso já não é natural.
Os franceses com o seu salário mínimo conseguem comprar o dobro dos produtos que nós conseguimos.
Mas nem é apenas isso que devemos avaliar. Para se ser justo se formos comparar com outros países, deveríamos também avaliar não apenas o que se pode «comprar» mas aquilo a que o cidadão tem direito a nível de saúde, a apoios sociais como creches ou jardins de infância, a qualidade de transportes… Creio bem que quanto mais comparássemos pior nos sentiríamos.
6 comentários:
Mas, o que propões, só é comparável, para quem desconhece, porque para os outros, é incomparável. Ir com o carro à oficina, em Espanha, para lá de mais barato, há tudo e em profissionalismo nem se fala. Digo-o por experiência própria, pois sou cliente, dos "CentroWagen", e não tem, a mínima, comparação.
Claro. É o que diz o Zé. Por algum motivo quem vive ns regiões fronteiriças vai fazer as compras a Espanha, para já não falar em meter gasolina. Portanto, sendo o SMN maior do que o nosso (e faz diferença) o que com isso se pode comprar tem de ser bestante mais.
Comparar para quê? Para se ficar desmoralisado?...
Vocês lembraram-se logo de dois exemplos, mas nunca mais parávamos... Por exemplo, porque é que se vai a Espanha quando temos um problema grave de saúde? Tenho uma amiga que andou dois meses em exames por cá, e chegou a Navarra e num fim-de-semana ficou com uma conclusão. Nem mais!
Estou como a Joaninha.
Não só em Espanha mas noutros países da Europa (falaram-me concretamente da Alemanha, os preços base dos bens considerados essenciais (já não falando no IVA)são ainda mais baratos do que cá, outros serviços essenciais como transportes escolares, saúide, etc, seguem a mesma lógica (só os serviços, tipo cafés, etc, são mais caros)! É que nós além de sermos pobres e mal pagos, pagamos o que nos pedem, e não bufamos!
É isso, Leonidas. A mim faz-me confusão quando oiço coisas como que a qualidade de vida em Lisboa é muito boa comparada com...uma série de cidades que para aí citam. Da Alemanha não sei, mas estive há pouco tempo na Dinamarca onde tenho família, e apesar de a vida ser claramente mais cara do que em Portugal vive-se muito melhor! A conta do supermercado pode ser cara e um cafézinho custar 3 ou 4 euros (lá são ainda coroas...) mas a facilidade dos transportes, a saúde garantida, a educação, o tempo que uma mãe que tem um filho tem para cuidar dele, inclusivamente o subsídio de desemprego que não tem comparação com o nosso, o pouco tempo que se está desempregado quando se muda de emprego, as regalias dos estudantes... valha-me Deus, não dá para comparar!!! A calma da cidade, os espaços verdes, aquilo é qualidade de vida, mesmo que se pense que a vida seja cara
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