Os periféricos
Numa metáfora ao sabor da moda, podemos imaginar o nosso sistema de Saúde como um computador. O «hardware» será o conjunto dos cuidados prestados, os técnicos que nos assistem na doença, os cuidados recebidos com vista à cura. Os periféricos são as instalações onde esse trabalho é exercido, o acesso a elas, e o modo de deslocação.
Os meus conhecimentos de informática são muito elementares, mas julgo saber que alguns dos periféricos não são indispensáveis – por exemplo, posso trabalhar só com teclado, sem rato – mas outros, como o dito teclado, parecem-me fundamentais para aceder ao tal hardware.
Por acompanhamento de uma familiar, nos últimos tempos tenho andado muito por hospitais, centros de saúde, clínicas particulares. E a doente em causa, que não se consegue deslocar, tem de recorrer sempre a um serviço de transporte de doentes, neste caso os bombeiros da sua área de residência, na periferia de Lisboa.
Já aqui uma vez deixei o relato das voltas burocráticas que são necessárias para ‘requisitar’ esse apoio. Depois de ter consulta marcada no especialista ou hospital, temos de ir ao Centro de Saúde solicitar ao médico de família uma ‘guia de transporte’. Preenchemos um papel e pagamos a taxa moderadora de consulta. Depois espera-se 48 horas e voltamos lá onde se recebe um papel que nalguns casos tem de ser assinado pela doente. Depois de termos ido a casa da doente para essa assinatura rumamos ao Quartel dos Bombeiros onde esperamos que abra o guichet da secretaria (das 9 às 12:30 e das 14:30 às 17) e onde se deixa essa guia que será analisada e respondida dentro de 24 horas. Prático, não é?
Desta vez, a consulta médica foi marcada por telefone na 5ª feira de manhã, para a próxima 2ª feira à tarde. Assim que recebi o telefonema da minha prima fui o mais depressa que pude ao Centro de Saúde pedir a famosa guia mas avisaram-me logo que já não devia dar tempo, uma vez que estávamos numa 5ª pela hora do almoço e se conseguisse resposta seria 6ª já depois das 6 da tarde… Como a secretaria dos bombeiros fecha às 5, realmente era impossível! Contudo insisti bastante, e lá consegui a promessa de que iriam tentar dar-me esse documento antes das 5, por especial favor.
Para prevenir dificuldades, telefonei à doente propondo que entretanto falasse para os bombeiros para eles saberem que iam ter um pedido de transporte para 2ª à tarde. Ao chegar a casa, recebo uma chamada da minha prima informando desolada que os bombeiros não tinham possibilidade de a levar nesse dia!
Um bloqueio intransponível! A clínica estava lá, o médico marcou a hora, mas sem transporte nada feito. Foi o periférico que falhou. E o ajuste das peças todas de um puzle destes deixa uma pessoa com a cabeça em água.
S.O.S.!!!!
Os meus conhecimentos de informática são muito elementares, mas julgo saber que alguns dos periféricos não são indispensáveis – por exemplo, posso trabalhar só com teclado, sem rato – mas outros, como o dito teclado, parecem-me fundamentais para aceder ao tal hardware.
Por acompanhamento de uma familiar, nos últimos tempos tenho andado muito por hospitais, centros de saúde, clínicas particulares. E a doente em causa, que não se consegue deslocar, tem de recorrer sempre a um serviço de transporte de doentes, neste caso os bombeiros da sua área de residência, na periferia de Lisboa.
Já aqui uma vez deixei o relato das voltas burocráticas que são necessárias para ‘requisitar’ esse apoio. Depois de ter consulta marcada no especialista ou hospital, temos de ir ao Centro de Saúde solicitar ao médico de família uma ‘guia de transporte’. Preenchemos um papel e pagamos a taxa moderadora de consulta. Depois espera-se 48 horas e voltamos lá onde se recebe um papel que nalguns casos tem de ser assinado pela doente. Depois de termos ido a casa da doente para essa assinatura rumamos ao Quartel dos Bombeiros onde esperamos que abra o guichet da secretaria (das 9 às 12:30 e das 14:30 às 17) e onde se deixa essa guia que será analisada e respondida dentro de 24 horas. Prático, não é?
Desta vez, a consulta médica foi marcada por telefone na 5ª feira de manhã, para a próxima 2ª feira à tarde. Assim que recebi o telefonema da minha prima fui o mais depressa que pude ao Centro de Saúde pedir a famosa guia mas avisaram-me logo que já não devia dar tempo, uma vez que estávamos numa 5ª pela hora do almoço e se conseguisse resposta seria 6ª já depois das 6 da tarde… Como a secretaria dos bombeiros fecha às 5, realmente era impossível! Contudo insisti bastante, e lá consegui a promessa de que iriam tentar dar-me esse documento antes das 5, por especial favor.
Para prevenir dificuldades, telefonei à doente propondo que entretanto falasse para os bombeiros para eles saberem que iam ter um pedido de transporte para 2ª à tarde. Ao chegar a casa, recebo uma chamada da minha prima informando desolada que os bombeiros não tinham possibilidade de a levar nesse dia!
Um bloqueio intransponível! A clínica estava lá, o médico marcou a hora, mas sem transporte nada feito. Foi o periférico que falhou. E o ajuste das peças todas de um puzle destes deixa uma pessoa com a cabeça em água.
S.O.S.!!!!
8 comentários:
CONCLUSÃO:
- De nada serve ter, computadores, médicos enfermeiros, doentes, bombeiros, ambulâncias, papéis, toner, etc., etc., se o "SISTEMA" e o "HUMANO", que o opera, não funcionarem. É esta a radiografia, ou melhor, a tomografia axial computorizada, da VIDA, que nos obrigam a VIVER!
Essa Saga da tua «Vida no Mundo da Saúde» tem que se lhe diga!!!!
Como dizia o outro «E não se pode exterminá-los?»
Amiga, estas tuas histórias, todas juntas davam já um romancezinho...
Kapachorra!!!!!
Grrr...
Ai, dava, dava, Raphael!!!!
Joaninha, eu andava com esperança no simplex, mas perece que ainda não é desta.
Zé, realmente é o pc que 'crashou' pra manter a metáfora!
Subscrevo inteiramente o que escreve o josé palmeiro.
Que o mal está no «sistema» e assim o pc vai crashar?... :)
Ups!
É claro que me refiro ao personal computar, está bem entendido...?!
Ontem não vim cá e perdi este post e sobretudo os comentários
lol!!!
Adorei o PC a crashar!!!
:))))))
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