quarta-feira, junho 13, 2007

Interessante mas não surpreendente

Para o orçamento da União Europeia cada país membro contribui com parte do seu PIB. Natural. Aquilo tem de ter dinheiro e umas «verbas de manutenção», calcula-se.
Também faz sentido que essa contribuição não seja uma verba única para todos o que seria profundamente injusto uma vez que na União Europeia existem parceiros com níveis tão distintos de rendimento. A solução encontrada de uma percentagem do PIB parece a mais equilibrada.
Sim, mas…
Primeiro, essa percentagem não é igual para todos. Uns pagam 0,70 outros 0,90, etc. Já isso é curioso.
Mas, em segundo lugar, verifica-se que
a regra está feita de tal modo que os países que menos podem são os que pagam uma percentagem maior do seu PIB!
Já dá para adivinhar, não é? Nós - Portugal – pagamos 0,96 do nosso PIB, a Inglaterra paga 0,54 do seu. Interessante proporção.
Fomos beneficiados com Fundos Comunitários? Sem qualquer dúvida [e ainda resta saber como é que tem sido geridos] mas em proporção às nossas posses também fomos quem mais contribuiu!

6 comentários:

Anónimo disse...

É claro estamos na categoria de mexilhão, pensavas ser lagosta...?
Vao dizer que a percentagem dos 0,5 dos inglêsesé de muito mais dinheiro do que os nossos 0,9 mas ou é percentagem ou não!

josé palmeiro disse...

Já nada me admira. Repara que nós individualmente, quando solicitamos um crédito, pagamos mais que os que deviam pagar. Como é que colectivamente não havíamos de pagar?
Mas o capitalismo é que é bom, sempre mais, muito mais, para quem tem muito! Muito menos, sempre, muito menos, para os que pouco ou nada têm!
Repartir equitativamente? Isso é que era bom!

cereja disse...

Mas Zé, repara que aqui ultrapassa o que seria 'Repartir equitativamente' isso aparentemente seria cada um pagar a mesma percentagem do seu PIB. Não senhor, quanto maior é o PIB, menos se paga!!!
É o famoso neo-liberalismo?...

Anónimo disse...

É como as bandeirinhas aqui no teu mapa - o tamanho não quer dizer nada!
Mas tem piada esse processo regressivo: quanto mais dinheiro se tem menor é a percentagem. Claro que o argumento é esse, para não se pagar «demais», mas quem pagaria 'muito' é exectamente quem tem muito!

Anónimo disse...

Eu continuo a +pensar que a ajuda que os tais fundos comunitários dão, deveria ser sobretudo ajuda técnica. Virem cá dizer como se devia fazer. Essa coisa de «darem dinheiro» cheira-me àquela esmola que se dá a um pedinte na rua.
Se a ajuda fosse 'ajuda técnica' acredito que rendesse mais e não daria azo aos fumos de corrupção que acompanha essa coisa.

cereja disse...

Resumindo e concluindo continuam a haver uns que nunca ficam a perder e outros que... nunca ficam a ganhar!
Contudo, essa ideia da Gui de que os «fundos» podiam ser mais 'em géneros' digamnos assim , em know-how, do que em dinheiro é capaz de não ser má. Por mim continuo na minha de que não temos bons gestores, e isso é a alavanca que decide tudo.