Dor
Dor: "nós não vemos a dor, acreditamos" frase impressionante proferida por um médico especialista e que resume muitos sentimentos.
No Dia Nacional de Luta contra a Dor vemos duas notícias cruzadas: Estima-se que 40% dos portugueses, quatro milhões de pessoas, convivam com a dor. E pelo menos um terço destes, luta com a dor crónica de moderada a forte. Dizem-nos que «Portugal ultrapassa largamente os casos de dor crónica em Espanha» mas que «é no tratamento que há mais falhas».
Porquê? Porque muita gente desvaloriza a dor. É sinal de que se é forte, resistir sem queixas. Aliás, essa pressão cultural é clara se, como dizem aqui, «quanto maior é o seu nível cultural, menor é a sua capacidade de lidar com a dor», como se o sofrer fosse ‘um castigo’ divino que se deve aceitar para a nossa redenção, ou qualquer conversa deste tipo.
E o certo é que se as pessoas desconhecem e não frequentam as «Consultas de Dor» também é certo que «faltam médicos, anestesistas, psiquiatras ou psicólogos e muitas unidades nem funcionam a todas as horas e todos os dias» o que explica esse desconhecimento das pessoas.
E por outro lado, numa visão economicista «o Estado poderia poupar milhões de euros anuais se investisse mais no tratamento e correcto acompanhamento de doentes com dores»
A pessoa doente, além do seu sofrimento, deixa de trabalhar, deixa de produzir. Seria bem mais sensato e humano, tratá-la em vez de a reformar…
No Dia Nacional de Luta contra a Dor vemos duas notícias cruzadas: Estima-se que 40% dos portugueses, quatro milhões de pessoas, convivam com a dor. E pelo menos um terço destes, luta com a dor crónica de moderada a forte. Dizem-nos que «Portugal ultrapassa largamente os casos de dor crónica em Espanha» mas que «é no tratamento que há mais falhas».
Porquê? Porque muita gente desvaloriza a dor. É sinal de que se é forte, resistir sem queixas. Aliás, essa pressão cultural é clara se, como dizem aqui, «quanto maior é o seu nível cultural, menor é a sua capacidade de lidar com a dor», como se o sofrer fosse ‘um castigo’ divino que se deve aceitar para a nossa redenção, ou qualquer conversa deste tipo.
E o certo é que se as pessoas desconhecem e não frequentam as «Consultas de Dor» também é certo que «faltam médicos, anestesistas, psiquiatras ou psicólogos e muitas unidades nem funcionam a todas as horas e todos os dias» o que explica esse desconhecimento das pessoas.
E por outro lado, numa visão economicista «o Estado poderia poupar milhões de euros anuais se investisse mais no tratamento e correcto acompanhamento de doentes com dores»
A pessoa doente, além do seu sofrimento, deixa de trabalhar, deixa de produzir. Seria bem mais sensato e humano, tratá-la em vez de a reformar…
3 comentários:
É a imensa dor de sermos quem somos, um povo sui-géneris, governado por gente que o não merece e que lhe não sabe dar o merecido valor. É a dor, de sermos portugueses.
Tocas aqui num ponto que se calhar podia ser desenvolvido: essa «resignação» ou fatalismo que se tem perante o sofrimento.
Deve ter a ver com a dita educação judaico-cristã, onde o sofrimento 'salva'. Daí a mulher dever «parir com dor», e quando se passa por alguma se dizer que é «para desconto dos nossos pecados». Aliás há a famosa sabedoria popular que declara que «o que arde cura» donde se pode pensar que se não arde, não cura!
Mas a estupidez da dor que poderia ser evitada e sobretudo prevenida, é que revolta. O que se gasta em Prevenção, é o dinheiro mais bem gasto do mundo!
Plenamente de acordo com a Joaninha!
Temos uma tendência para o «fado» que até chateia!!!!
Sabemos queixarmo-nos mas ficamos pela queixa baixinho e sem fazer ondas. Faz muita impressão saber que existe quem conviva com uma dor crónica, e se resigne a isso.
Mas também seria interessante saber porque raio é que «Portugal ultrapassa largamente os casos de dor crónica»?! Este é uma ultrapassagem que se dispensava.
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