quarta-feira, maio 09, 2007

Um incidente diplomático ‘fundamentalista’

Uma história bem curiosa, vamos ver se a resumo:
Houve um jantar de ministros de negócios estrangeiros durante uma conferência sobre o Iraque. Essa conferência foi no Egipto, em Sharm el-Sheikh que é uma estância balnear, imagino que com turistas que lá devem ir para se banhar…
Para dar uma certa classe a esse jantar convidou-se uma violinista ucraniana que deveria tocar, o que a artista se preparou para fazer, vestindo-se a preceito, com um vestido vermelho sem mangas.
Desconheço mais pormenores sobre esse vestido que ficou famoso. Se dizem que não tinha mangas, deveria ter tudo o resto que compete a um vestido, vestido de cerimónia pelo que imagino.
Ora o senhor ministro dos estrangeiros iraquiano, ficou ofendido com a toillete da violinista, e
abandonou a sala a meio da actuação, quando havia quem pensasse que aquela era uma boa ocasião para falar com Condoleezza Rice que lá estava também.
Há realmente coisas que são difíceis de imaginar no ocidente. Até porque um chefe de diplomacia deveria estar treinado para aceitar costumes de outros povos, ou não? Não se tratava de uma figura religiosa, era um diplomata.

Seria…?

6 comentários:

Anónimo disse...

E abandonou a sala para ir onde?
O homem estava necessitadinho, pobrezito. Com mulheres tão tapadas lá por onde anda, ver uma mais destapada deu-lhe logo volta a ...

Anónimo disse...

O incidente parece combinado para não virem a falar naquela altura; se do diplomata seria de esperar outra atitude, qualquer criança sabe dos costumes de lá, que não admitem certas vestimentas.Claro que a hipótese de joaninha tambem se coloca.

josé palmeiro disse...

Este problema da "hipocrisia", toca a todos. Lembra-me o "aparteid", na África do Sul, passando para o lado de Moçambique, acabavam-se os problemas e era vê-los com as suas amigas de outra coloração.

cereja disse...

É certo que «certas vestimentas» podem ser ousadas no seu país, mas é de ver que o senhor ministro não estava no seu país... E deveria estar preparado para não se chocar tanto, ou então nunca poderia viajar pelo resto do Mundo.
José Palmeiro, olha que no meu tempo, os racistas afrikanders mantinham a atitude mesmo em Moçambique. Lembro-me de uma cena macaca, na praia do Polana, na zona chic que tinha a rede para defender dos tubarões, um idiota de um afrikander chamar um responsávelporque um negro estava ali na praia e se preparava para tomar banho! Teve azar porque deu com um sujeito muito firme que lhe respondeu mais ou menos que quem não está bem que se mude, e se ele estava incomodado o que tinha era de sair da praia, porque o negro estava na sua terra e ali ia continuar...

Anónimo disse...

Huuumm... Penso como o FJ - aquilo foi de propósito para não falar com a Sra. Rice.
Um pretexto.

josé palmeiro disse...

Também havia essas situações, mas as que eu vi foram assim. Quando rumei a Moçambique fui de barco numa carreira normal. Paramos em Cap Town e em Durban, onde entraram, devidamente separados uns "brancos" e as suas concubinas, umas negras e outras indianas e, uma vez, no barco, logo, em território português, as misturas, concretizaram-se.