Não deve ser um «primeiro de Abril»
O nosso governo parece que considera que um mês bom para aumentar os encargos dos utentes com as suas despesas de saúde, é Abril.
Estranho «festejo». A partir de hoje as taxas «moderadoras» passam a ser mais caras
Sempre achei curioso, esta ‘crisma’ deste imposto como «moderador». O que é que vem moderar? Moderar o acesso à saúde? Parece significar que se consumia desmesuradamente os serviços de saúde e portanto era bom controlar-se esse disparatado consumo. Quando uma pessoa estava doente devia pensar:
«- Mas que disparate! Então não é que já estive doente o mês passado e agora volto a sentir-me mal…? Isto tem de acabar! Ando mesmo a exagerar este consumo de doença, agora vou mas é adoecer uma vez por ano no máximo.» e pronto, lá modera o seu exagero, que só lhe faz é mal!
Desta vez vamos moderar os internamentos e cirurgias. É que era um desaforo! Um indivíduo aborrecia-se de estar o fim-de-semana em casa e pensava «E se eu me fosse internar? Passava estes dias ali numa enfermaria, sempre tinha companhia, a música dos gemidos dos outros internados, tinha uma experiência diferente…’Bóra aí! Vou até ao Hospital internar-me!» e é claro que isto tem de acabar. Com uma taxa mais alta talvez se pense duas vezes antes dum decisão dessas.
Bom, podem dizer-me que os aumentos são pequenos. São. O que está em causa é a filosofia que sustenta esta decisão. Vinte e cinco cêntimos, dez cêntimos é pouco, mas o considerar-se que, durante dois meses (que foi o tempo do adiamento), o Estado teria ganho com esta medida pelo menos 1,6 milhões de euros, para mim é chocante.
Tinha ganho???
Estranho «festejo». A partir de hoje as taxas «moderadoras» passam a ser mais caras
Sempre achei curioso, esta ‘crisma’ deste imposto como «moderador». O que é que vem moderar? Moderar o acesso à saúde? Parece significar que se consumia desmesuradamente os serviços de saúde e portanto era bom controlar-se esse disparatado consumo. Quando uma pessoa estava doente devia pensar:
«- Mas que disparate! Então não é que já estive doente o mês passado e agora volto a sentir-me mal…? Isto tem de acabar! Ando mesmo a exagerar este consumo de doença, agora vou mas é adoecer uma vez por ano no máximo.» e pronto, lá modera o seu exagero, que só lhe faz é mal!
Desta vez vamos moderar os internamentos e cirurgias. É que era um desaforo! Um indivíduo aborrecia-se de estar o fim-de-semana em casa e pensava «E se eu me fosse internar? Passava estes dias ali numa enfermaria, sempre tinha companhia, a música dos gemidos dos outros internados, tinha uma experiência diferente…’Bóra aí! Vou até ao Hospital internar-me!» e é claro que isto tem de acabar. Com uma taxa mais alta talvez se pense duas vezes antes dum decisão dessas.
Bom, podem dizer-me que os aumentos são pequenos. São. O que está em causa é a filosofia que sustenta esta decisão. Vinte e cinco cêntimos, dez cêntimos é pouco, mas o considerar-se que, durante dois meses (que foi o tempo do adiamento), o Estado teria ganho com esta medida pelo menos 1,6 milhões de euros, para mim é chocante.
Tinha ganho???
4 comentários:
Tu escolheste um tom irónico para escrever este post, e é uma opção. Mas Emiéle, é um escãndalo! Porque a percentagem de hoje pode ser pequenina para cada doente, mas se virmos a taxa completa nem por isso:
Olha só - um conto de reis por dia de internamento; dois contos por uma cirurgia de ambulatório; consultas 860 escudos; urgências quase 900 escudos nos hospitais e 700 nos centros de saúde e por aí fora. E tudo isto para se esperar horas e horas e horas...
Sem comentários!
Gnhag (entendem o que é este som...?)
Olha king. escolhi um tom irónico porque acho que já nem consigo indignar-me mais. O que queres...? É claro que nem se sabe o que dizer mais.
A saúde é um negócio, ou ainda não tinhas dado por ela?
Foram mais ou menos as tuas palavras que eu usei quando ouvi a notícia: "vamos passar um fim de semana ao hospital? apesar de tudo é mais barato que o hotel e tem pensão completa!!!"
Mas os médicos têm muita culpa no cartório e o que mais me escandaliza é a quantidade de remédios que os velhotes tomam! São às dezenas por dia! E eu estou convencida que alguns não precisavam de nada daquilo!
Que interesses há por trás de cada remédio receitado?
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