quarta-feira, abril 11, 2007

24 de Abril: As professoras e o casamento

Nota a explicar o 'comentário' que não o é: Desta vez optei não por um «comentário» mas por roubar um post a uma colega. A Inês tem andado a publicar no Farófias uns posts exactamente no espírito do que eu aqui queria deixar. O brado do «NÃO SE ESQUEÇAM!» enquanto houver memória de quem viveu aqueles tempos. Fica aqui, copiado na íntegra para abrir o apetite, mas propondo que vão ver o original porque tem sempre outro sabor:
Abril - lembranças mil (2)
As professoras eram especialmente maltratadas pelo regime de Salazar. Ainda aluna no Liceu de Faro, já sabia que, por mais independente e competente que fosse, aquela professora e Directora de Ciclo não podia sair do país sem autorização do homem com quem tinha estado casada. Porque as amarras do casamento não eram desfeitas pelo divórcio
Anos depois, conheci uma professora de História fantástica. Os alunos adoravam as suas aulas, os colegas não dispensavam a alegria da sua companhia. E aquela imensa sabedoria. O Director tinha orgulho na professora… e no final do ano não lhe renovou o contacto. RUA! Aquela mulher, solteira, namorava com um homem divorciado, preso aos prazos da lei do divórcio. Por andar com ele, aquela pecadora pagava o preço elevado de ser expulsa do ensino!

3 comentários:

Anónimo disse...

Excelente! Este post-duplo, resultou muitíssimo bem. Aliás a Inês matou dois coelhos-Emiele de uma cajadada: falou do casamento e da profissão. Calculo que a Emiele tenha tido dúvidas de escolher em qual dos seus posts ia anexar este!
Mas que fique para «memória futura» ou melhor MEMÓRIA PRESENTE

cereja disse...

O que é isso dos «coelhos-Emiéle» ó insecto colorido???
:)))
Acho que te entendo, são os meus posts do «24 de Abril» né? E até tens razão, isto calhava bem nos dois...

josé palmeiro disse...

Já ontem o tinhas tentado, com êxito. Hoje, mais uma vez, puseste a nú um tempo de sofrimento e de angústias.