Sant’António e São Valentim
Ora então hoje é Dia de São Valentim!
Há 50 anos, em Portugal se disséssemos isto olhavam para nós com curiosidade pensando que devíamos saber de cor todos os santos do calendário, devíamos ser umas beatas de sacristia. Pois é, mas isso era dantes. Antes da chegada em força do comércio anglo-saxónico. Porque o que seria dos comerciantes sem estes diazinhos especiais que fazem gastar uns tostões cêntimos a mais numa compra engraçada ou sentimental para oferecer a alguém?
O nosso Sant’António também estava ligado aos amores mas era mais 'amores de casamento'. Era um santo sério, nada de namoricos destes. E pouco consumista, faziam-se uns altarezinhos nas ruas, os miúdos pedinchavam «um tostãozinho p’ró santantónio» e depois iam comprar rebuçados. Demasiado infantil e inocente!
Agora é outra loiça! Muitos corações vermelhos, dos mais variados materiais, grandes, pequeninos, de todos os tamanhos e originalidades e é uma festa completamente diferente.
OK. Também não faz mal nenhum. É alegre e bem disposta, o comércio fica contente enquanto espera o Carnaval para voltar a facturar, e quer se tenha namorado quer não as pessoas brincam e divertem-se.
Façam favor!
7 comentários:
São mesmo santos diferentes!!!!
E... afinal quem foi o São Valentim? Existiu ou foi inventado?
Ihihihihih! Adorei estes bonecos. São mesmo uns santinhos de brincar. e é o que esta história toda é, uma brincadeira...
Olha que agora andamos a «reviver» o tal tostãoszinho p'ró Sant'Antonio. Acho que dizem «uma moedinha» que tostão já era e cêntimo nem dá jeito...
No meu tempo, contava-se uma anedota de santos, que eu muito gostava, rezava assim: Discussão e aposta entre um português, alentejano, e um espanhol. Tema: Qual dos dois países teríam mais santos. Objecto da aposta: Os cabelos, que seriam arrancados à nomeação de um novo santo. A acção foi-se desenrolando com o arrancar de cabelos, até que o, meu compadre começou a ficar aflito, pois não sabia quase nenhuns. após algumas hesitações eis que uma luz se fez, naquela cabeça e disse: dia de Todos os Santos! Acabou-se o objecto da aposta.
Concluíndo direi que não necessitamos dos santos para nos enamorarmos e manter a chama viva sempre que ela se queira apagar.
O Todos os Santos é uma batota giríssima! mas se eu entendo por cada santo arrancava-se um cabelo mas do adversário, não? É que doutra forma ...
:))
Emiele, aqui no Brasil o comércio inventou o 12 de junho (um dia antes de Santo Antônio). Pra falar a verdade, nem lembro-me mais do que eu ganhei no dia. Mas o amor continua!
Sim Emiéle, era um por cada santo.
Lívia, sempre pensei que «esta coisa» do S. Valentim tivesse inundado o mundo todo! Como é que o Brasil escapou??? Mesmo tendo outro dia, enfim, sempre é outro dia! Uff!
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