O primeiro dia depois

Creio que estamos todos muito cansados.
Os jornais vêm cheios de análises, e quero acreditar que estejam bem fundamentadas pelo que o mais correcto é ir lendo o que por ai se escreve e a análise dos dados recolhidos. Porque a verdade é que cada um de nós tem, obviamente, a sua visão limitada pela própria experiência, pelas pessoas que ouviu e contactou, pela sua vida pessoal. Neste último mês disseram-se e escreveram-se coisas estranhas, pessoas habitualmente sensatas parecem ter perdido a sensatez, o tema em questão apaixonou de um modo absoluto muita gente.
Como eu escrevi ontem ainda a «quente», foi uma vitória relativa, e se calhar fiquei desapontada porque queria mais.
Mas talvez fosse o resultado possível.
Talvez no estado actual não se pudesse exigir mais das pessoas.
Talvez realmente, como aqui me disse uma leitora, ainda muita gente estivesse hesitante e por isso não se decidiu a dizer nada.
Talvez…
Agora há que arregaçar as mangas e passar a concretizar tudo o que foi enunciado como o que devia ser bom que acontecesse – esclarecimento, apoio, e ganhar a confiança das pessoas de modo a puder verdadeiramente ajudar quem está a passar por momentos tão difíceis como são esses.
E, é claro, o Estado não fugir agora a pensar numa verdadeira política de apoio à família.