O despovoamento do interior
É um problema como cada vez mais se constata: a população portuguesa vai fugindo do interior para o litoral e do campo para a cidade. É um facto que está aos olhos de todos que os tenham abertos, basta passear-se por essas terras onde cada vez mais só encontramos idosos. E como poderia ser de outro modo? Para se viver temos de trabalhar e o trabalho quando o há, não é nessas zonas que se encontra.
Há tentativas de autarquias para fixar lá os seus habitantes, mas é lutar contra a corrente.
"As pessoas ficam onde tiverem emprego" como é evidente. E nasce aqui o ciclo vicioso, porque o certo é que as empresas criam-se em locais onde possam recrutar trabalhadores como é natural. Pelo menos empresas pequenas e médias.
Quanto às grandes empresas, nesse caso tem de haver coordenação com uma política geral do Estado e daí falar em ciclo vicioso. Quando as terras têm cada vez menos população, não há motivo para se arranjarem as estradas que a rodeiam, fecham-se as Escolas porque tem poucos alunos, e reduzem-se os Centros de Saúde. Claro que sem estradas, professores ou médicos, os residentes fogem de lá. E sem residentes… etc, etc.
O que se vê é que as cidades começam a ser enormes e cada vez com pior qualidade de vida por esse gigantismo, e longe das cidades também não temos qualidade de vida por faltarem as estruturas de base.
Então como é?
4 comentários:
A fuga das populações dos interiores para as periferias das grandes cidades litorais, é um fenómeno contínuo, que só se trava com atitudes políticas. Logo há que criar condições no interior para que lá se estabeleçam as populações. Há quanto tempo sabemos isso? Será possível haver quem o não saiba?
É um ciclo infernal que este governo tem, coscientemente,agrqvado. Faz parte da sua concepção para Portugal fj
E eu que já tive a medalha da tua comentadora mais matutina, hoje só cá chego a estas hpras...
:(
Quanto ao que dizes, é mesmo um ciclo infernal. Faz imensa pena, ve zonas lindíssimas, até para turismo se se investisse a sério, a «desaparecerem» dicarem como o deserto que fica ilustrado aqui.
Joaninha, chegues a que horas chegares és sempre como se fosses a primeira, +elo menos pela antiguidade :)))
Também estou vaidosa com a foto que encontrei, acho que diz em imagem o que eu escrevi no texto. E, tens razão, FJ, é um ciclo infernal, mesmo. Uma especie de teia de aranha, de onde não se escapa.
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