A doença da Saúde
A notícia pode nem ter grande importância. O JN até a guardou na área que trata de assuntos mais regionais, neste caso do Grande Porto. Mas é impossível não dar por ela, até mesmo porque se sabe que esta triste cena se passa também noutros locais do país.
Existe um Centro de Saúde numa localidade importante. Mas para atender doentes que moram muito longe cria-se uma «extensão de saúde» ou seja há um médico que vai a essa terra 3 tardes por semana, para atender 1.500 utentes.
O resto da história adivinha-se: «há quem passe a noite junto ao edifício da extensão de saúde local para poder marcar uma consulta, e depois ficará à espera até à tarde quando essa consulta começa» A descrição parece de uma antigo filme neo-realista «Alguns dos que não querem correr o risco de não ser atendidos pelo clínico de serviço optam por chegar ao local na véspera. Há quem fique no interior dos carros enquanto que os que se sentem mais fragilizados chegam a pagar cerca de 20 euros para que outras pessoas lhes marquem a consulta».
Existe um Centro de Saúde numa localidade importante. Mas para atender doentes que moram muito longe cria-se uma «extensão de saúde» ou seja há um médico que vai a essa terra 3 tardes por semana, para atender 1.500 utentes.
O resto da história adivinha-se: «há quem passe a noite junto ao edifício da extensão de saúde local para poder marcar uma consulta, e depois ficará à espera até à tarde quando essa consulta começa» A descrição parece de uma antigo filme neo-realista «Alguns dos que não querem correr o risco de não ser atendidos pelo clínico de serviço optam por chegar ao local na véspera. Há quem fique no interior dos carros enquanto que os que se sentem mais fragilizados chegam a pagar cerca de 20 euros para que outras pessoas lhes marquem a consulta».
Isto passa-se na Europa, em Portugal, quase 37 anos depois de Abril.
7 comentários:
Como é dolorosa, para nós, essa realidade? Mas é mesmo assim e com relevância especial em idosos e demais carentes.
É tal e qual como as defensoras do Não no referendo, que quando percisam, vão a Espanha ou à Inglaterra, pois não sentem a carência dos nossos serviços e ao mesmo tempo resguadam-se, para agora dizerem ipocritamente que são pelo não.
Repara que quem vive em regiões mais ou menos fronteiriças, também já vai a Espanha resolver os seus problemas de saúde! Mas em todos os outros casos (como é o desta notícia) onde se vive no interior do país, está num beco sem saída. Depois estranha-se que as pessoas venham em magotes para as cidades... Pudera, com condições destas em terras mais pequenas, nada mais natural.
Que a saúde está doente, é indiscutível. Quanto ao SNS, esse parece mesmo em estado terminal!
Eu não tenho médico de família... nem sequer penso em marcar consulta no meu centro de saúde, porque se uma pessoa precisa de uma consulta é porque está (em principio) doente, logo não convém nada ir para a porta do centro às 20h do dia anterior para poder ter uma vaga... Aqui é assim que funciona. Viva o excesso de médicos!
Eu só há pouco tempo é que «arranjei» um. E creio que até contei aqui a minha odisseia com essa famosa consulta, que foi marcada com mais de 15 dias de antecedência, mas o certo é que era uma consulta que eu pretendia que fosse de rotina, portanto também não insisti na urgência.
Mas antes disso fui um dia ao meu centro de saúde, porque na véspera tinha dado uma queda e não me sentia bem, mas aquilo só serviu para ir dali para a urgência de S.José porque ali não tiravam radiografias... E isto é no coração da capital!
Pois é, mas tambem é dois anos depois de sócrates...o que será ao fim de quatro anos, se lá chegar!
Hoje é o dia das coincidências... Há pouco foi o Farpas que veio ao Pópulo, exactamente na mesma altura que eu estava a comentar no blog dele. Agora, estava aqui a dizer para o lado que hoje não tinhas passado por cá, quando abri o blog e vi o teu comentário!!! Eheheheh!!!
(quanto a estes dois anos de governo socrático apertaram-nos mais o cinto do que quase todos os anos para trás...tem sido um «ver-se-te-avias» no desmanchar do que estava mais ou menos feito)
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