domingo, fevereiro 11, 2007

Carnaval…?!

Mas será que as pessoas entendem o que está em causa? O que lhes é pedido perguntado hoje? Que implicações a sua resposta e participação podem ter?
Na mesa onde votei, a última percentagem escrita no quadro preto, era de 34% às 14 horas. Havia algum movimento à porta da escola, mas na minha sala não havia qualquer fila, entrei assim que cheguei à porta.
Não sei.
Não faço a menor ideia de como está a correr a nível do país em geral, mas se for representativo está muuuito fraco. E depois ficamos estarrecidos quando se lê que em determinada localidade
o referendo foi destronado pelos preparativos do Carnaval infantil, o verdadeiro acontecimento do dia
Será que tudo isto é um Carnaval e eu não me tinha apercebido?
Bem, ainda faltam mais de 4 horas e muita gente guarda-se para o fim. Não vamos «fazer prognósticos antes do resultado»
segundo a famosa frase.

14 comentários:

Anónimo disse...

Vamos aguardar.

Anónimo disse...

"já" vai em 31,31%...

Anónimo disse...

a anónima era eu

Farpas disse...

infelizmente parece que os meus piores receios se vão confirmar...

Anónimo disse...

Acham que o povo é estupido, ou que?Os Sócretinos já eram...Querem tornar a sociedade portuguesa ainda mais degradante? Esperem mais um pouco e verão a lucidez dum povo que se só se deixa enganar uma vez.. Mas quem são os politicos para quererem decidir algo que em nada lhes diz respeito

até posso concordar com o referendo,mas não politizado como este foi.Nao autorizo que os politicos queiram interferir na minha na minha consciencia

JustAnother disse...

O que se temia...

O sim venceu mas o grande vencedor foi, uma vez mais, a abstencao...
E inacreditavel que 60% das pessoas tenham escolhido virar as costas a este tema.

Esperemos que o Parlamento tire as obvias elacoes dos resultados e que, em breve, a lei seja alterada!

E uma vitoria! Com um travo amargo, mas sem duvida, uma vitoria!

Bjs a todos

Farpas disse...

carlui: isso só revela muita confusão nessa cabeça... os referendo têm como objectivo que as pessoas (não sei se é esse povo de que fala) possam interferir nos destinos do país em vez de deixarem tudo ao cuidado dos políticos... O que o tal povo disse foi algo do género "não quero saber disso para nada os políticos que decidam."...

Liv Araújo disse...

Em 1998, quando estive em Portugal, houve um referendo parecido, mas como a maioria dos números foi de abstenções, as eleições foram anuladas. Ainda vale esta regra em 2007?

JustAnother disse...

Livia,
Estas a fazer uma grande confusao... referendo e eleicoes sao coisas diferentes. Em 98, houve um referendo igualzinho a este (a pergunta e identica), so que em 98 ganhou o nao. Como a abstencao foi acima de 50%, o resultado nao era vinculativo, mas o Governo aceitou que os portugueses nao queriam a liberalizacao da IVG nos termos propostos. Por isso, nada mudou. A lei continuou a considerar, em regra, o aborto como crime. Nao teve nada a ver com eleicoes.

Agora, ganhou o sim, mas mais uma vez, mais de metade da populacao nao votou, por isso o resultado nao e vinculativo, ou seja, a lei pode ou nao ser alterada. No entanto, dado que havia a promessa politica de, independemente da percentagem de abstencao, se respeitar a vontade popular, e a vontade popular foi no sentido do sim, espera-se que a lei venha a ser alterada em breve.
Espero ter ajudado.

cereja disse...

Olá Tuxa, vinha responder o mesmo à Lívia. Se ela te entendeu, o que se propõe agora é o mesmo que se passou no outro referendo. Os dois não foram vinculativos. Portanto o Presidente da República não vai fazer nada, quem pode fazer é o governo legislando. Como da outra vez ganhou uma determinada facção, obedeceu-se à opinião dessa facção; desta vez ganhou outra facção portanto deverá, seguindo o mesmo modelo, obedecer-se à opinião da facção que ganhou. Só isso.
De resto já disse a minha opinião no post que acabei de deixar já acima.

Anónimo disse...

Em 1998 ganhou o não , e foi respeitada a abstenção considerando os 50% necessarios para ser vinculativo e desta vez ganhou o sim e já pretendem que se passe por cima da ebstençao, mas cmo o pais está de tanga e deixa morrer as pessoas por falta de meios, nao vai fazer coisissima alguma as clinicas privadas vão surgir para os ricos como ate aqui, só que agora não vão a Espanha e ditos cujos pobres se quiserem abortar vão onde sempre foram até aqui e irao aos hospitais pelas urgencias sasr as maselas causadas e continuarão a não ir presas como até aqui nunca foram. E então o que resta?
nove milhoes gastos na campanha que deveriam ser gastos no apoio na prevençao etc já repararam como são caros os preservativos? pois , pois mas hoje com tanto meio de prevenção justifica-se muito menos a liberalização do aborto, que no fim da linha é isto mesmo, mais um meio contraceptivo no mercado portugues e como no meio disto tudo , esta só podia ser uma grande promessa do governo
tambem prometeu que baixava os impostos e o meu ordenado baixa cada vez mais. Desculpem o desabafo e se nao leremtambem não me importo, mas que tudo isto me parece surrealista , lá isso parece.

cereja disse...

Carlui não sei se lês os comentários dos outros antes de fazeres os teus. O que a Tuxa e eu respondemos à Lívia, que é brasileira e pode não entender as leis portuguesas, deve servir para ti. O que se propõe agora é exactamente o mesmo que se fez em 98. Não é «respeitar a abstenção» porque isso não faz o menor sentido uma vez que quem se abstem não dá sentido de voto, portanto respeitar o quê? Mas em 98, respeitou-se a opinião maioritária (e bem pouco maioritária...) que foi o Não. Portanto «não se modificou a lei». Desta vez a opinião maioritária foi Sim, portanto modifica-se a lei. Simples. Se em qualquer das vezes tivesse sido vinculativa, seria o próprio PR a promulgá-la.

Anónimo disse...

Emiele obg pelo esclarecimento, mas continuo a achar que matar, seja o que for e muito menos embrioeos , fetos crianças homens mulheres é proprio de sociedades selvagens, quqlquer dia matam-se os velhos porque são incomodos para quem tem de cuidar deles e digo- vos uma coisa faz-se um aborto porque não há condiçors para nsscer e e podem matar-se os velhos pelos mesmos motivos , se estão cá a sofrer acabe-se com eles, aí teremos uma sociedade so de gente feliz, bonita rica etc etc

cereja disse...

Carlui, essa é a sua opinião. Calculo que a tenha expresso ontem com o seu voto. Há muito mais pessoas que não pensam assim, não só em Portugal ( como se confirmou ontem ) como no resto da Europa.
O Carlui não se convenceu até agora como se vê, mas também não vai convencer quem pensa de outro modo. Portanto não vejo vantagem em continuar o diálogo.