quinta-feira, janeiro 04, 2007

Menos carros vendidos

Nada de mais natural.
Aliás se não fosse pelo motivo que é, seria até um bom indicador. Podia significar que as pessoas reconhecem que os transportes colectivos são uma boa alternativa. Ou que passaram a andar mais a pé. Ou de bicicleta. Podia querer dizer que se estava a viver uma vida menos poluída, mais saudável, onde se fazia mais exercício. Podia.
Também podia significar que se estava a ligar menos às aparências. Que esses «sinais exteriores de riqueza» tinham passado à história. Que em Portugal tínhamos deixado de querer encantar o vizinho do lado por aquilo que «temos» e se valorizava aquilo que «somos»
Pois era. Era a dita UTOPIA.
Porque em relação ao facto de
se terem vendido menos carros o ano passado interessava saber que tipo de carros foram vendidos. Talvez me engane, mas palpita-me que foram os belos topos de gama! E também indagar que carros andam para aí a circular e em que condições. É certo que com as inspecções obrigatórias alguns erros do passado estão corrigidos, mas todos os carros que circulam foram à inspecção? Vejo por aí umas sucatas com dezenas de anos que nem sei como ainda mexem…
Porque apenas o indicador de «menos carros vendidos», só por si, diz-nos pouco.

12 comentários:

Anónimo disse...

Claro que tem de haver menos carros vendidos. E os que existem vão também a ficar mais parados porque não há dinheiro para a gasolina!
Se as alternativas fossem boas....

Anónimo disse...

É das tais coisas que ou vai a bem ou vai a mal...
Contudo as taxas dos automóveis tem sido a galinha dos ovos d'oiro. Estou interessado em ver quando essas receitas diminuirem o que vão arranjar!

cereja disse...

Sabes que também pensei nessa da «galinha dos ovos de oiro». O preço dos carros cá é a loucura que é, pelas taxas exorbitantes.
mas como dizes, a verdade é que não vai a bem vai a mal, como dizes, e daqui a pouco andamos realmente de transportes públicos porque tem de ser!

Anónimo disse...

Vendo a coisa pelo lado positivo, se não se venderam muitos carros, o Estado também não mamou muito em termos de impostos.He he he!

Anónimo disse...

Mas não deixa de ser curioso que, em termos de execução orçamental, no período de Janeiro a Novembro de 2006, o Imposto Automóvel tenha tido um valor semelhante 1.075,7 MEUR contra 1.078,0 MEUR, em período homólgo, representando este imposto quase 3% das receitas totais do OGE.

Quanto aos preços, são mesmo escandalosos. Menos para quem pode. Mais euro menos euro, o que interessa é mesmo o carro!

Farpas disse...

Pois eu estou mesmo decidido a lutar contra esta diminuição... eu assim que puder compro um... ;p... mas daqui até lá... :S

Anónimo disse...

Eu cá vou de bicicleta para o emprego quando o tempo e a disponibilidade o permite. Verdade mesmo! Mas sei que sou uma felizarda por ter um lar a 4 kms do emprego.
A verdade é que o meu carro tá velhinho e a gasolina está velha em preços baixos!

Anónimo disse...

Por acaso Emiéle, no início da minha carreira, ainda pintado de fresco e teso que nem um carapau, levei a minha bicicleta para Viseu. Ir para o emprego de bicicleta permitia-me dormir mais 30 minutos! LOL! E sempre fazia desporto e tal. Bom. Primeiro é como dizes, aquilo é só altos e baixos. Depois, no inverno, até frieiras criei nas orelhas. Finalmente, fui o gáudio dos trabalhadores e ostracizado pela Administração (deram instruções claras ao porteiro para não deixar entrar a minha bicicleta no estacionamento da empresa, junto aos escritórios!) e colegas "dôtores". Aliás, houve um anormal que ainda teve a distinta lata de me dizer "ó Dótôr, atão anda de bicicleta? Olhe que um dótôr não anda de bicicleta!". Depende da concepção de cada um não é? Estou-me nas tintas. Mas, pelo menos, a minha bicicleta estava paga já o carro dele...

cereja disse...

Mas lembras-te de que, com certeza viste na Dinamarca (claro que aquilo é plano!) senhores de pasta, todos bem arranjados, irem para o Banco de bicicleta. Lá é quase ao contrário... É-se «anormal» por andar de carro! Os meus familiares de lá, que são professores universitários e à volta dos 50 anos, ( visto de cá com 'estatuto' e 'idade' )vão para a Universidade a pedalar! Altos funcionários bancários, disseram-ne, vão para o Banco a pedalar. Outras terras! :))

Farpas disse...

E qual é que tu julgas que era o meu meio de transporte em Faro? ah pois é! A bela da bicicleta! Mas não dá é muito jeito para longas distâncias lol!

Anónimo disse...

Pois é Emiéle, outras terras! E o gozo que me deu pedalar Holanda (Eindhoven até Den Bosch! íamos morrendo) fora, Dinamarca fora (Kobehavn, Helsingor, Alsgarde, etc), etc e o que vês é como dizes. As pessoas de fato e gravata, na boa. Ambientes muito verdes e com muitos acessos para quem quer andar de bicicleta. Um outro mundo!!! POrtugal está entre África e a Europa desenvolvida em muitas coisas. Olha bem para este exemplo:

Sempre andei de bicicleta, pelo gozo que me dá. Em Cabinda, um dos desportos que fazia era pedalar por aquelas terras fora. Quantas e quantas vezes eu ouvi "bocas" do género "Xéeeeee barrrranco, não tens dinheiro p'rá comprar carro?! Tens candar de bicicleta?"

Outros mundos Emiéle, outros mundos...

E já agora permite-me. Como sabes gosto de falar aqui nas tuas caixas de comentários, lol! Cabe na cabeça de alguém terem demorado quê? 10 anos? para fazer uma "pista" para bicicletas e pessoas nos Concelhos de Oeiras, Cascais e Lisboa para depois não nos deixarem andar em Oeiras?! Entras em Cascais e já podes?! Eu nunca vi pá, nunca vi! Só pode ser de dirigentes gordos, balofos, em fatos apertados que só gostam de andar em grandes bombas! Esta malta não viaja, só pode. Não vê! Atrasados mentais!

cereja disse...

Olá Miguel!
Já comecei o dia bem disposta quando li «Como sabes gosto de falar aqui nas tuas caixas de comentários, lol». Fico toda contente, sabes? Até porque se estas caixas de comentários são vivas e animadas, o mérito é de quem as 'enche' e não meu. Eu só dou o mote, mas divirto-me quando volto aqui e vejo o que se escreveu, e como por vezes «a conversa» tomou um rumo que eu não tinha pensado!
Tem muita graça o que contas de Cabinda e da estranheza em te verem a andar de bicicleta "Tadinho; não tem dinheiro para carro". E as nossas 'pistas' como recordas é o que são... para inglês ver!
E o irónico é que há pessoas que se deslocam dois quarteirões de carro, para ir a um ginásio «pedalar» numa bicicleta fixa!!!!
LOL (Tá tudo doido, é?)