domingo, janeiro 14, 2007

Manifestantes alugados

Claro que o interessante é que «aluguer» pressupõe pagar-se para lá estar. E o curioso nesta história é eles proporem-se ao «emprego» como quaisquer figurantes de um filme de Hollywood
Quanto ao resto nada de estranhar…
E creio que, cuidadas as devidas proporções, isto é tão antigo, mas tão antigo, que não admira ninguém. No tempo do Estado Novo quantas camionetas não vinham cheias de ‘manifestantes’ a apoiar as políticas de Salazar?
Claro que pagar um passeio e uma refeição não tem a mesma dimensão do que pagar um ordenado, mas o conceito é exactamente igual.
Será que temos a certeza de que já acabou entre nós?

10 comentários:

Anónimo disse...

Olha que nem pagam muito.
Eu cá não ia!

Anónimo disse...

Olha, olha... 30 euros??? E na Alemanha? Não dá nem para uma sanduiche, lá!
Aí deve haver engano. Os zeros estão bem? Ou aquilo é contado ao minuto?

Anónimo disse...

Posso ser mau?
Posso?
Olhem que conheço um Partido (cof...cof...cof...) que aparece cheio de camionetes de todo o país quando há manifestações.

Anónimo disse...

Eu não queria lembrar isso, e até penso que eles vem bastante mobilizados, mas lá que vem passear de graça, isso é verdade.

Anónimo disse...

Toda a gente sabe essa realidade.
As maiorias, autarquicas e/ou partidárias são useiras e vezeiras a fazê-lo.
É uma forma de controle e de impedir que, as gentes, pensem pela sua cabeça.

cereja disse...

É verdade, Zé Palmeiro, quase todas as forças políticas usam o sistema.
Mas no caso que citei é uma coisa diferente porque afinal como os próprios promotores disseram, aquilo era uma espécie de 'teatro'...

Anónimo disse...

Tens razão em me alertar. escrevi ao sabor da corrente, sem ler a notícia original.
É, na verdade, um nicho de mercado, semelhante aos que por troca de uns míseros euros, se oferecem para cobaias, nos testes de medicamentos, ou para se prostituírem, na ansia de melhorarem o seu status económico. Tudo tem origem na gravíssima crise moral, social e económica, em que esta sociedade nos mergulhou. Será que a ética será suficiemte para debelar a crise?

cereja disse...

Claro que é um comércio. Mas mais grave é quem os «compra» do que a ética muito duvidosa de quem quer fazer uns cobres extra.
Mas, tal como a Joaninha, creio que falta ali um zero. Uns 300 euros, não é nada de especial na Alemanha - vejam o seu SNM comparado com o nosso... ao passo que 30 € era ridículo.

Farpas disse...

É preciso é ter olho para o negócio! Ao ritmos que as coisas estão a andar por cá, daqui a uns tempos não faltam empresas dessas!

cereja disse...

Ainda levam uma percentagem, não é? É capaz de valer a pena...