«Oferecer peúgas no Natal fui eu que inventei»
Ia eu de metro e ouvia distraidamente a conversa de duas senhoras de idade indefinida (quero dizer eu, que podiam ter qualquer uma…). Falavam das suas vidas, coisa que não me interessava, quando uma frase me despertou a atenção. Dizia uma delas: «Este ano as minhas prendas de Natal foi muito fácil. Entrei no ‘Pédemeia’ e comprei peúgas para toda a gente»
Boooom! Virei-me mais de lado e tapei a cara com o cachecol para me rir à vontade. É que se confirma que os ‘Gatos Fedorentos’ se limitam a sublinhar a nossa vidinha mais banal.
Mas, se achei cómico, por outro lado chocou-me. Para mim o acto de oferecer uma lembrança no Natal, é mostrar que a pessoa em causa tem importância para nós, não é um-frete-que-se-tem-de-cumprir. Eu sei, que teria reagido de outra forma se a frase fosse «Entrei na Fnac e comprei prendas para todos» e aí talvez jogasse uma ponta de snobismo do meu lado. Mas afinal entrar-se num «Centro Comercial Cultural», como seria o caso, e comprar prendas apesar de tudo estas podem ser personalizadas. Um livro infantil para uma criança, um cd para um adolescente, um tapete de rato para outro, o livro X para um amigo, o dvd Y para outro… É diferente das peúgas!
As minhas prendas de Natal são muito baratas, mas muitíssimo personalizadas. É certo que as começo a arranjar desde o Verão. E dão-me trabalho. Mas a verdade é que também me dão muito prazer…
Claro que ao dizer ‘trabalho’ é relativo. Já não me meto a tricotar pullovers, como fiz em adolescente para o meu pai, e mais crescida para o meu namorado. Isso foram meses de trabalho porque ainda por cima era às escondidas, o que aumentava a dificuldade… Agora o que faço é a compota, o marcador de livros com um desenho especial, o colar enfiado com contas que compro avulso e combino ao gosto da amiga.
E NUNCA ofereci um par de peúgas!
Boooom! Virei-me mais de lado e tapei a cara com o cachecol para me rir à vontade. É que se confirma que os ‘Gatos Fedorentos’ se limitam a sublinhar a nossa vidinha mais banal.
Mas, se achei cómico, por outro lado chocou-me. Para mim o acto de oferecer uma lembrança no Natal, é mostrar que a pessoa em causa tem importância para nós, não é um-frete-que-se-tem-de-cumprir. Eu sei, que teria reagido de outra forma se a frase fosse «Entrei na Fnac e comprei prendas para todos» e aí talvez jogasse uma ponta de snobismo do meu lado. Mas afinal entrar-se num «Centro Comercial Cultural», como seria o caso, e comprar prendas apesar de tudo estas podem ser personalizadas. Um livro infantil para uma criança, um cd para um adolescente, um tapete de rato para outro, o livro X para um amigo, o dvd Y para outro… É diferente das peúgas!
As minhas prendas de Natal são muito baratas, mas muitíssimo personalizadas. É certo que as começo a arranjar desde o Verão. E dão-me trabalho. Mas a verdade é que também me dão muito prazer…
Claro que ao dizer ‘trabalho’ é relativo. Já não me meto a tricotar pullovers, como fiz em adolescente para o meu pai, e mais crescida para o meu namorado. Isso foram meses de trabalho porque ainda por cima era às escondidas, o que aumentava a dificuldade… Agora o que faço é a compota, o marcador de livros com um desenho especial, o colar enfiado com contas que compro avulso e combino ao gosto da amiga.
E NUNCA ofereci um par de peúgas!
14 comentários:
Bom, depende das peúgas, lol! É que há peúgas e peúgas :D Uma vez ofereceram ao meu pai, pés gelados crónico, umas pantufas eléctricas para ter os pezinhos sempre quentes ahhahahahha! Mas as tuas ideias são giras ;) E porque é que não te escangalhaste a rir sem pores o cachecol à frente da boca? Afinal é Natal, ninguém leva a mal... :D
Olha lá, umas pantufas eléctricas para quem tem pés frios (eu serei prima do teu pai...?) é uma coisa até muito personalizada! E quando digo que nunca ofereci um par de peúgas é daquelas a que a senhora e os Gatos se referem. asinda o ano passado dei a uma amiga bastante velhinha, umas meias para dormir, mas por acaso até as tricotei eu, que isso é rápido.
O que está em jogo é o conceito da prenda-frete-que-se-despacha-a-correr.
:)
Oh, ainda cá voltei porque reparei que trocaste as festas. Não é «no Natal que não se leva a mal», isso é no Carnaval!!!
lol
Concordo, no geral, com o que dizes. O Natal, por outro lado, não são as prendas, em si mesmas, elas só reflectem o que afirmas, o gosto que temos por quem as recebe. Para mim é muito mais importante o convívio, o reunir a família, essa possibilidade cada vez mais remota, isso é que é importante. À, é verdade, a família, no meu conceito, inclui também os AMIGOS.
LOL Mas ainda ficaste a pensar nisso, confessa lá, vá confessa! LOLLLLLLL E por não ser Carnaval, leva-se a mal no Natal? LOL!
Eu percebi o que querias dizer, mas por norma aligeiro as coisas. Coitaditas, o que queres? LOL! As pessoas não foram "treinadas" para inovar ou surpreender pela positiva.
Eu era como tu. Fazia eu os presentes, normalmente desenhos. Mais tarde mudei de ideias. Ou era do artista (LOL!) ou as pessoas não apreciam determinadas coisas...
Diverte-te Emiéle :)
E estou a divertir-me, pois!!!! Ando por aqui na cozinha, fóra e dentro, com uma olhada ao PC quando ele apita, que chegou mensagem=comentário.
O meu jantar está pronto. (estas entradas-e-saídas da cozinha é porque sou muito despachada!) Cá é «bacalhau com natas», menos tradição mas a malta gosta mais... E «sopa dourada» de sobremesa, que me sai muita bem (se eu não me gabar quem é que me gaba...?) :))
E estou muito bem disposta sim senhor, que ainda por cima está sol apesar de frio, e sempre anima ver o solzinho.
Zé Palmeiro, nem imaginei que tivesses tempos para estas 'virtualidades' com filhos, netos, e tudo! Mas obrigada pela visita. Claro que o importante é o convívio tens toda a razão. Cá vou 'andar-em-festa' até depois de amanhã, em casa destes e daqueles que isto é mesmo assim.
E para o ano há mais!!!
Podem ser peúgas personalizadas.. Daquelas com desenhos e bonecos. Cada um do agrado da pessoa a quem se destina :)
Essa do «Gato Fedorento» deve ter servido de carapuça a muita gente! Eu quando li no outdoor larguei-me a rir e não passei pela tua experiência no metro. Aí acho que rebentava na cara das senhoras... ehehehehe!!!
Mas penso tal e qual como o Miguel: tadinhas... Aquilo não deve dar para mais. Imaginação..? Ho, ho, ho, ho... como diria o Pai Natal!
24/Dez/2006 14:47:00
Bom, Sérgio, vamos ser bonzinhos e achar que era mesmo isso... mas custa-me acreditar que por mais desenho a condizer com a pessoa, que de entre os familiares e amigos da senhora todos tivessem como desejo de prenda de Natal - um par de peúgas!!! Mesmo com bonecos!
Eu acho que essa das peúgas até já é uma tradição de se oferecer a quem não se gosta pois ninguém gosta de as receber. E para os que cínicamente as oferecem...para o ano é outra vez Natal!
Eu tabém não sei o que é isso de oferecer peugas caneco! E também só ofereço por gosto e a quem gosto, que salixe se parece mal.
Aqui ofereço-te uma beijoca com um nadinha de mousse de caramelo a lambuzar que é para adoçar. Feliz Natal Linda!
Pois eu tenho uma ideia, Célia, é no ano seguinte devolveram-se as peúgas a quem as deu! ehehehe!!!
Mar, minha querida, o meu beijinho vai lambuzado é de «sopa dourada» que foi o que fiz. Nham, nham...E como é 'doce de pão' deve ser alentejano, não?
BOM NATAL PARA TODOS!!!!!!
Espero que a sopa dourada e o bacalhau com natas estivessem deliciosos! E que o Pai Natal não te tenha trazido peúgas!
Boas Festas!
Deviam estar que toda a malta repetiu!!!!!
E não senhor, nada de peúgas, mas esssas coisas só vou contar amanhã que hoje fico de «pousio»...
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