O peso da ciência
Que as crianças levam para a escola mochilas muito pesadas já é história antiga. Essas queixas vêm de tão longe que já deu para os fabricantes de mochilas inventarem as mochilas com rodas, calcule-se o tempo que não têm. Porque o que se decidiu não foi tanto ir à origem da questão – o peso dos manuais – mas descobrir um modo de a tal questão ser contornada 'melhor transportada' (!?), mantendo-se tal como estava.
Pelos vistos os pais de Canedo (em Santa Maria da Feira) têm mais genica e espírito de iniciativa do que os outros e tanto fizeram que conseguiram que o Ministério da Educação, levasse essa ponto em consideração na nova Lei dos Manuais Escolares.
Uma das suas iniciativas consistiu em colocar uma balança à entrada da Escola e pesar os alunos e as mochilas O certo é que a maioria das crianças levavam mais de 10% do seu peso nas mochilas.
Mas que isto é história antiga, sei eu muito bem.
Há anos, andava o meu filho nestas andanças e a sua mochila era muitas vezes uma confusão. Um dia, eu por acaso peguei-lhe e achei o peso descomunal. Desconfiada decidi esvazia-la toda no meio da sala e, perante o meu espanto, saem de lá, à cambalhota no meio dos papeis, dois paralelepípedos dos que servem para calcetar as nossas ruas. «Qué isto???!» «Ah!» responde-me ele calmamente «esqueci-me de tirar; foi para a aula de 4ª feira, estivemos a estudar as rochas e a professora pediu para levarmos umas amostras…»
O espantoso, é que ele andou mais uns dias com dois ou três quilos às costas sem que isso lhe parecesse nada de fora do comum! Sem comentários.
Pelos vistos os pais de Canedo (em Santa Maria da Feira) têm mais genica e espírito de iniciativa do que os outros e tanto fizeram que conseguiram que o Ministério da Educação, levasse essa ponto em consideração na nova Lei dos Manuais Escolares.
Uma das suas iniciativas consistiu em colocar uma balança à entrada da Escola e pesar os alunos e as mochilas O certo é que a maioria das crianças levavam mais de 10% do seu peso nas mochilas.
Mas que isto é história antiga, sei eu muito bem.
Há anos, andava o meu filho nestas andanças e a sua mochila era muitas vezes uma confusão. Um dia, eu por acaso peguei-lhe e achei o peso descomunal. Desconfiada decidi esvazia-la toda no meio da sala e, perante o meu espanto, saem de lá, à cambalhota no meio dos papeis, dois paralelepípedos dos que servem para calcetar as nossas ruas. «Qué isto???!» «Ah!» responde-me ele calmamente «esqueci-me de tirar; foi para a aula de 4ª feira, estivemos a estudar as rochas e a professora pediu para levarmos umas amostras…»
O espantoso, é que ele andou mais uns dias com dois ou três quilos às costas sem que isso lhe parecesse nada de fora do comum! Sem comentários.
7 comentários:
Nããããooo!!
Um calhau???? Ele andou com dois calhaus da rua na mochila sem dar conta?! Não ias inventar esa de certeza, mas custa a acreditar.
Não inventei nadinha, Raphael! Eram daquelas pedras pretas quadradas com que se pavimentam ( ou pavimentavam que agora é mais alcatrão) as ruas de Lisboa! Cada uma era mais pesada que um pacote de leite!!!
E não teria sido mais inteligente da parte da professora ter encarregue apenas e só um aluno para trazer as pedras e depois ficar com elas para uma eventual segunda abordagem. E depois não gostam que nós façamos comentários acerca dos seus procedimentos pedagógicos.
Se calhar queria ver quais as pedras que eles escolhiam, eu sei lá. Nem sei bem como é que o meu se lembrou de arranjar aquelas, deve ter achado que tinham «bom aspecto» assim uns cubinhos muito certos...
Mas é claro que fazia todo o sentido, terem ficado na escola, até para servirem para mais tarde. Eu ali não meti prego nem estopa, só quando decidi esvaziar aquela coisa é que dei por aquele peso supérfluo!
Primeiro quero esclarecer que é norma pedirmos a todos os alunos que tragam uma pedra (quando se dá essa matéria),mas não é preciso que seja um calhau!
Contradições, não se pode incumbir um só aluno dessa tarefa pois a piada está na diversidade das pedras e na possibilidade de todos colaborarem. Claro que as pedras depois ficam na escola!
Em relação ao peso das mochilas, eu tenho uma técnica: os alunos só trazem na mochila o livro de leitura e o estojo. O resto fica na escola.
Só que eles parecem ter uma apetencia especial para carregar pesos e de vez em quando lá faço eu umas "rusgas" às mochilas onde encontro os mais diversos materiais que se possam imaginar!! (qualquer dia faço uma lista!)
NORMAL, e não norma!
Saltapocinhas, este meu post não tinha a ver com as tecnicas dos professores, era mais com o peso dos manuais (que realmente costuma ser muito grande!) e com o facto de os miúdos estarem tão habituados a andar com tanto peso que mais quilo menos quilo já nem ligam!
(aliás esta história estava ele no 5º ou 6º ano, não sei bem...)
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