quarta-feira, dezembro 20, 2006

E se fosse um juiz?

É uma historiazeca de quiriquiqui.
Daquelas que vêm nos jornais «porque sim», porque se passou e o repórter de serviço no tribunal achou interessante. E não tem qualquer interesse a não ser num pormenor:
Acontece que estava a ser julgado um caso de regulação de poder paternal. Ou seja, um casal com filhos, separou-se e estão na berlinda os filhos.
Era uma questão tão corriqueira que até se passou numa salinha de audiências improvisada, «uma antiga sala de advogados que está a servir, já há algum tempo, de sala de audiências para julgamentos mais pequenos» o que nos dá a noção de que seria um caso muito simples.
O interessante, é que o homem que estava a responder, às tantas ‘se passou’
e tentou agredir a juíza, agredir fisicamente.
O que fiquei a pensar foi o seguinte: a figura de autoridade ali, era uma mulher, uma juíza. Estava a discutir-se o «poder paternal» e o indivíduo estava ali como réu. Vamos apenas somar dois com dois e imaginar se dará quatro… Uma pessoa que tenta agredir uma juíza num tribunal, como trataria a sua própria mulher? Ele tentaria o mesmo gesto se à sua frente estivesse um juiz, um homem?
Talvez. Nem sempre dois e dois somam quatro, mas…

7 comentários:

Anónimo disse...

Mas tens dúvidas?! Tá na cara que foi isso...

Anónimo disse...

Não sei. A gente fazer juízos sem saber o que se passa pode ser injusto.
Mas lá que tem mau ar, isso nem se discute! Um acusado largar á chapada à juiza, valha-me Deus, quem me acode....

Anónimo disse...

É claríssimo que o homem viu ali à frente a figura da ex-cara-metade! Devia ter-lhe um pó!

Farpas disse...

As aparências enganam mas lá que parece que foi isso parece!

E deixo-te uma gracinha: Num desses casos o Juiz primeiro ouviu a mãe, uma excelente senhora, tratava o filho como ninguém, tinha as melhores condições para poder garantir o futuro do filho, gostava tanto do seu filho que levou o juiz às lágrimas... De seguida é ouvido o pai que diz apenas: Sr Juiz, quando o Sr vai à máquina de refrigerantes e mete lá as moedas a lata que sai é de quem? Sua ou da Máquina? ;p

Anónimo disse...

Ooooooh Farpas! olha que tu! Era bem feito que a máquina guardasse o dinheiro e mais a lata (e às vezes faz mesmo isso!)

Unknown disse...

estou a passar por um acordo de regulação paternal. O pai do meu filho não me dá um cêntimo, visita o filho quando quer (15 em 15 dias e não demora mais de 40 minutos). Pensa que tem todos os direitos e nenhum dever com o filho de 14 meses: nunca o adormeceu, brincou com ele ou lhe deu de comer. Ele quer que o miudo vá para casa dele com esta tenra idade de 15 em dias. A sua casa é a 100 km da minha, ele fuma e bebe a sua bebedinha ao final da noite. Nunca cuidou de uma criança e vive só. Adorava que ele tivesse este tipo de acto para que o filho percebesse como ele age apenas por egoismo... (a dor partilhada)

Anónimo disse...

passei por um processo de regulação de poder paternal e o que assisti e contra o qual lutei, continuo a lutar e para já estou a vencer, é um feminismo retrogrado que considera que os filhos são das Mães e que elas fazem deles o que querem. Pai serve para pagar as contas e pouco mais. Sou tão ou mais capaz do que Mãe do meu filho para tomar conta dele, ter uma vida com ele e faço-o, mesmo que para isso tenha tido de lutar por ele nos Tribunais. Eu tive de demonstrar que era capaz de tomar conta do meu filho, que desmascarar as mentiras da Mãe. A Mãe bastou-lhe dizer que era Mãe que logo lhe foi passado um atestado de competencia sem um unica pergunta lhe ter sido feita. Eu tive a sorte de ter ao meu lado um magnifica Advogada senão o meu filho ficaria sem um Pai a "serio". Tudo se resume a um frase que quem já passou por isso conhece: " Quando a Mãe arranjar um namorado tudo se torna mais simples..até lá.."