Cactos e borboletas
Esta é uma história que parece uma fábula.
O cacto é uma planta que nos evoca resistência e dureza. Consegue sobreviver nos locais mais bravios e inóspitos, com sol a pique, sem água, luta contra tudo e vai vencendo. Armado com os espinhos que lhe conhecemos, infunde algum respeito. Isto tudo no nosso imaginário, é claro, não sou nenhuma botânica que talvez viesse dizer coisas bem diferentes destas. Mas para a imaginação popular o cacto é planta forte e que não receia nada.
A borboleta situa-se no extremo oposto. É bicho pequenino, leve, indefeso. Sabemos que tem uma vida muito curtinha e é apreciada entre outras coisas pela sua fragilidade e leveza. A expressão «o bater das asas da borboleta» é usada como símbolo de coisa sem importância.
Juntemos agora estes dois símbolos e… surpresa! Os famosos cactos mexicanos, de dois metros de altura e espinhos de 4 cm, que temos visto em tantos filmes e que até estão representados na sua bandeira, imaginem: estão ameaçados por uma borboleta. Fala-se em catástrofe na biodiversidade!
A verdade é que há uma borboleta que ‘invadiu’ recentemente o México e cujas larvas se alimentam desses cactos. Como voam de planta em planta podem abranger áreas muito vastas. E contra uma borboleta, levezinha, um espinho de cacto de 4 cm não é uma arma.
Pobres cactos duros e resistentes. Demasiado, talvez...
O cacto é uma planta que nos evoca resistência e dureza. Consegue sobreviver nos locais mais bravios e inóspitos, com sol a pique, sem água, luta contra tudo e vai vencendo. Armado com os espinhos que lhe conhecemos, infunde algum respeito. Isto tudo no nosso imaginário, é claro, não sou nenhuma botânica que talvez viesse dizer coisas bem diferentes destas. Mas para a imaginação popular o cacto é planta forte e que não receia nada.
A borboleta situa-se no extremo oposto. É bicho pequenino, leve, indefeso. Sabemos que tem uma vida muito curtinha e é apreciada entre outras coisas pela sua fragilidade e leveza. A expressão «o bater das asas da borboleta» é usada como símbolo de coisa sem importância.
Juntemos agora estes dois símbolos e… surpresa! Os famosos cactos mexicanos, de dois metros de altura e espinhos de 4 cm, que temos visto em tantos filmes e que até estão representados na sua bandeira, imaginem: estão ameaçados por uma borboleta. Fala-se em catástrofe na biodiversidade!
A verdade é que há uma borboleta que ‘invadiu’ recentemente o México e cujas larvas se alimentam desses cactos. Como voam de planta em planta podem abranger áreas muito vastas. E contra uma borboleta, levezinha, um espinho de cacto de 4 cm não é uma arma.
Pobres cactos duros e resistentes. Demasiado, talvez...
15 comentários:
Olá, olá!
Hoje venho dar a minha voltinha pelo Pópulo mas muito de corrida...
Lá pela hoar do almoço volto para comentar «como deve ser»
:)
Pelo que se vê afinal a Joaninha, voou e ainda não poisou aqui de novo! mas venho eu, na tal hora do almoço.
E esta parece realmente uma fábula, assim a modos de que nem sempre a força vence... era isso que querias dizer? Mas no final também ficamos com pena dos cactos, pobres deles...
É uma metáfora perfeita. E ainda por cima é verdade!!!!!
«A vitória dos fracos contra os fortes» ou coisa assim.
E a história é bonita, embora agora já se comece ater pena dos cactozinhos... :D
É realmente incrível como a Natureza nos pode ensinar tanta coisa...
Os mais fortes nem sempre são os que aparentam ser...
Eu acho que os cactos quanto são pequeninos, até são muito queridos! E realmente também não é justo desaparecerem assim!
Ora já aqui temos duas facções.
A Tess e o Johnny, começaram a ter pena dos fortes que ficaram fracos... Assim a modos que ver o FCP a levar uma cabazada aqui do Vitória Clube da Picheleira. Também têm a sua razão!
A outra facção, olha aqui para a metáfora e pensa que se calhar as grandes multinacionais e os senhores da alta finança, encontram um dia a sua borboleta...
Emiéle, não é assim tão espantoso quanto isso. Fala-se muito das doenças que nos afectam mas pouco das demais já que não têm tanto interesse jornalístico a não ser em publicações especializadas.
Permite-me que te fale da minha experiência pessoal. Nos anos 90, constatámos o aparecimento nas nossas plantações de uma doença que provocava a morte súbita dos coqueiros. A doença era/é conhecido por amaralecimento mortal. Porquê? Porque as folhas ficam amarelas, os cocos caiem para o chão e, pouco tempo depois, do coqueiro sobra apenas o tronco. A grande questão, o grande dilema disto tudo, é que quando se detecta o tal amarelecimento, já outras árvores estão infectadas sem que tu consigas identificar qual o agente causador de modo a prevenires. Trabalhámos em conjunto com o CIRAD (França) os quais não tinham igualmente qualquer solução para o problema que não fosse o abate num raio de x metros de todas as árvores à volta da(s) afectada(s). Assim o fizemos e queimámos as árvores para destruir o agente e o vector. Infelizmente, ao longo do tempo, a doença estava a ganhar força porque o palmar da população não era abatido. É impressionante. Estive envolvido no desenho de um instrumento informático de acompanhamento da evolução da doença e a forma como avançou foi impressionante. E quando vês num monitor de computador como aquilo avança é demolidor. Sobretudo quando se trata de vectores aéreos, como é agora o caso da borboleta, pois o seu destino é aleatório e difícil de "acompanhar".
Podia igualmente falar-te de uma doença que atingiu o nosso gado, em particular o bufalino, em que algumas manadas foram completamente dizimadas em dias com putrefacção acelerada dos órgãos internos.
Recentemente, o maior accionista da minha empresa regressou de férias da Austrália e ficou parvo com um vírus que existe nas plantações de cana-de-açucar. Se te cortares nalguma folha da cana-de-açucar que tenha o tal vírus, morres porque não há qualquer cura. De tal forma assim é que quem trabalha nessas plantações junto da planta tem que usar fatos próprios e grande parte do trabalho é mecanizado (acelerou-se o processo).
É assim que está...
agora descobri porque é que só os cactos sobrebivem cá em casa: são resistentes e não entram cá borboletas!!
São mesmo muuita resistentes Saltapocinhas!!! Mesmo quem tem pouco jeito para plantas consegue ter cactos. mas é curioso como é uma planta que tem tantas superstições em seu redor: cá em Portugal há quem não queira por 'trazerem azar' (creio que são os picos que se associam a coisas más) enquanto que na China os querem para afastar o mau-olhado ou os inimigos (também penso que sejam esses picos, que neste caso funcionam a favor do dono...)
:D
os meus funcionaram contra mim: emenda-me lá a gralha, que mais parece um grande erro ortográfico, balhamedeus!!
Um dias destes publico umas fotos dos meus lindos cactos que ainda por cima florescem nesta altura de poucas flores!
Quem vê caras não vê coracões como diz o velho ditado. Quem parece forte às vezes é muito mais fragilizado do que aparenta, ou vice versa. Ía falar de vírus altamente mortíferos mas o Miguel já me deu uma aula interessante qb. E nós, seres humanos, também somos altamente destruidores. Predadores e muito frágeis...
Quanto a isso «anónimo» estás cheíinho de razão! Muitas vezes o Homem é o animal mais perigoso e predador que existe
(olha, uma informação: se quiseres deixar um nick identificador é apenas escreveres o teu nick onde diz name se clicares onde diz 'other'; não precisas escrever mais nada)
ok Emiéle
Obrigado pela informação. Era eu o anónimo.
Olá Célia! :)
Vês? é mais agradável... (acho eu)
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