Às escuras
Eu não fui atingida.
Sei que houve 10.000.000 pessoas que ficaram às escuras mas, enfim, às vezes estar-se assim na beirinha de um continente tem vantagens – o famoso apagão não chegou ao meu terceiro andar.
Mas dá sempre que pensar como se está dependente dessa fonte de energia.
Em Lisboa, felizmente é raro, como é raro nas cidades em geral, segundo creio. Mas em terreolas pequenas, volta não volta desaparece a electricidade. Pelo menos é a experiência que tenho de quando vou passar uns dias numa casa nos arredores de Lisboa. E aborrece-me sempre, apesar de preparada – tenho sempre montes de velas, dois ou três candeeiros a petróleo, há rádios de pilhas e, claro que quando a pane é de dia, as consequências são poucas parando apenas o frigorífico e o micro-ondas. Mas nas cidades está tudo pensado partindo da existência da energia eléctrica: só se constroem prédios tão altos por haver elevadores, compramos alimentos para 15 dias porque existem congeladores, a roupa e loiça lava-se à máquina e os ferros de engomar são eléctricos…! Como se diz com falta de originalidade só se dá valor a uma coisa quando a deixamos de ter, e aqui o caso da electricidade é mesmo flagrante. Abençoados srs. Franklin, Volta, Faraday, Edison, Tesla…
Sei que houve 10.000.000 pessoas que ficaram às escuras mas, enfim, às vezes estar-se assim na beirinha de um continente tem vantagens – o famoso apagão não chegou ao meu terceiro andar.
Mas dá sempre que pensar como se está dependente dessa fonte de energia.
Em Lisboa, felizmente é raro, como é raro nas cidades em geral, segundo creio. Mas em terreolas pequenas, volta não volta desaparece a electricidade. Pelo menos é a experiência que tenho de quando vou passar uns dias numa casa nos arredores de Lisboa. E aborrece-me sempre, apesar de preparada – tenho sempre montes de velas, dois ou três candeeiros a petróleo, há rádios de pilhas e, claro que quando a pane é de dia, as consequências são poucas parando apenas o frigorífico e o micro-ondas. Mas nas cidades está tudo pensado partindo da existência da energia eléctrica: só se constroem prédios tão altos por haver elevadores, compramos alimentos para 15 dias porque existem congeladores, a roupa e loiça lava-se à máquina e os ferros de engomar são eléctricos…! Como se diz com falta de originalidade só se dá valor a uma coisa quando a deixamos de ter, e aqui o caso da electricidade é mesmo flagrante. Abençoados srs. Franklin, Volta, Faraday, Edison, Tesla…
6 comentários:
Claro que nem um extremo nem outro, mas por veses um pouco de vida «mais rural» não faz mal nenhum!
Também andamos habituados a não fazer qualquer esforço. Muitas vezes vai-se de elevador para o primeiro andar.
Ora deixa-me cá estrear estes comentários... (vou seguir os conselhos do Farpas, escrever o meu nome )
Este é que foi um ganda apagão!!!!! e afinal não se soube as causas? Porque sem saber o que provocou não há garantia de que não volte a acontecer.
Olha emiéle, eu cá gosto muito do meu conforto e tudo o que facilite a vida. Nem me imagino sem electicidade!
Foi um grande apagão, isso foi. E
eu sou da colheira do Zorro - não me tirem as minhas comodidadezinhas... Se quiser andar a pé (ou subir sem elevador) é por gosto, não é prque sou obrigada.
Acho que estou como a Joaninha nem 8 nem 80. Há coisas que nos dão conforto e o tal frigorífico é uma delas...Ter de ir ás compras todos os dias era uma chatice. mas também é certo que há coisas que deixamos de fazer e são bem simples! Para já sem TV conversa-se muito mais!!!
Acho que isto veio foi provar as nossas (e não só nossas) grandes fragilidades no campo energético... alguém desliga a ficha que distribui a electricidade pela Europa para ligar a Playstation e lá estamos nós a perceber porque é que muita gente diz que a maior invenção do Homem não foi a roda mas sim a electricidade!
Neste caso, nós nem fomos dos mais prejudicados... Seria por estarmos longe, ou por sermos autómonos? :)
Mas calculo o pandemónio que deve ter sido. Calculo que locais importanters como hospitais por exemplo, tenham algum recurso de reserva.
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