quinta-feira, novembro 16, 2006

Piratas de livros

Um pirata é um ladrão. Alguém que rouba um bem de outra pessoa para ficar com ele. E isso é muito feio, até porque os piratas-piratas usavam de grande violência nesses roubos.
É evidente que quando há direitos de autor, os autores que se vêm sem esses seus direitos estão legitimamente a sentir-se roubados. Esse ponto, creio ser indiscutível. Mas quando uma pessoa adquire um livro, daquilo que lhe sai do bolso, a parte mais pequena é essa a que vai para o outro bolso, o de quem escreveu o livro. O grosso da quantia dispersa-se por vários ‘intermediários’.
Quando os livros de que se fala são obras necessárias ao estudo, talvez se possa questionar quem é o pirata e quem é a vítima. É evidente que se se trata de «um negócio» de grandes dimensões, como é dito na notícia, existe alguém - outro intermediário - que está a lucrar e excessivamente, porque a despesa é mínima, afinal quase só o papel da fotocópia.
Mas que o problema do preço dos manuais deveria ser seriamente repensado, parece-me ser consensual. Quer no ensino básico quer no ensino superior. Para uma família com vários filhos é uma despesa louca!

7 comentários:

raim disse...

...só para te dizer... bem vinda ao clube dos "spot"
:o)

cereja disse...

Olá Raim!
Teve de ser, estás a ver. Com pena, mas aquilo está inabitável!!!
(ainda bem que me encontraste!)

Anónimo disse...

Esta história da pirataria tem muito que se lhe diga. Há a das músicas, os downloads que se fazem e parece que não se pode (mas se não se pode porque é que os deixam na net...?) e esta dos livros.
Por mim, imagino que se uma pessoa copiasse um livro para seu uso pessoal, era um modo de se defender do custo de vida. Mas claro que se esse copianço já se torna uma indústria, isso é mesmo vigarice!
E já agora porque é que não há mais bibliotecas que disponibilizem essas obras por empréstimo? (estou a pensar no ensino superior, é claro)

cereja disse...

Está bem visto isso das bibliotecas. Tinham de ter muitos exemplares do mesmo livro, mas esse era um papel importante. Aliás, «lá fóra» pelo que sei é um sistema muito usado. E são mais ricos do que nós...

Anónimo disse...

O assunto é complicado. A verdade é que os autores queixam-se. Se calhar a percentagem é maior do que ali dizes...
Mas o que é certo é que o «cabaz dos livros de estudo» deita abaixo qualquer orçamento de uma família média.

Farpas disse...

Pois eu n tenho problema nenhum em dizer... fiz cópias de muitos capítulos de livros na Universidade. Eram livros técnicos com uma ou duas cópias na biblioteca e comprar o livro por um ou dois capítulos era impossível já que são caríssimos! Tenho muita pena, gostava muito de ter vários originais (e tenho alguns, os mais importantes) mas é impossível!

cereja disse...

Mas Farpas, o que dizes que fizeste creio eu que nem sequer é considerado pirataria. E se tivesses copiado à mão?! Não se pode nunca impedir isso, nem me parece que se possa defender. O que aqui se trata, é de cópias totais de todo o livro. E isso já levanta questões de ética; contudo, sendo para uso próprio, não me parece que se possa por tanto em causa. Ou então o saber passava a ser só para os ricos...