O «público» e o «privado»
Numa altura onde se caminha para a privatização de sectores que sempre pertenceram à gestão pública, e se utiliza o argumento de que assim funcionam melhor e as pessoas são servidas com mais qualidade achei interessante um mini-escândalo passado no sector da saúde:
Apesar de estar decretado que para se exercer determinadas actividades para-médicas é necessário cursos adequados e carteira profissional, estamos em vias de concluir que cerca de 8.000 técnicos, de um total de 22.000, exercem a função sem o curso apropriado! E o presidente do Sindicato das Tecnologias da Saúde tem esta opinião «Isto acontece sobretudo no sector privado, uma vez que no público, como há concursos, é exigido mais rigor»
Ora cá está!
Essa tal 'qualidade' na prestação de serviços, que tantas vezes nos é transmitida como uma excelência do privado, fica aqui a nú. A verdade é essa - no público há concursos e é exigido mais rigor.
É claro que ainda dentro da mesma declaração vem a saber-se que muitas vezes é o «próprio ministério a emitir cédulas a quem não tem formação adequada» o que é bem grave, mas o facto que quero sublinhar é que sem querer entrar em dicotomias com os bons de um lado e os maus do outro porque é sabido que em todos ao lados há bons e maus, competentes e incompetentes, mas o certo é que o trabalhador público tem um controlo apertado e é difícil fazerem-no passar pelas malhas da rede.
Apesar de estar decretado que para se exercer determinadas actividades para-médicas é necessário cursos adequados e carteira profissional, estamos em vias de concluir que cerca de 8.000 técnicos, de um total de 22.000, exercem a função sem o curso apropriado! E o presidente do Sindicato das Tecnologias da Saúde tem esta opinião «Isto acontece sobretudo no sector privado, uma vez que no público, como há concursos, é exigido mais rigor»
Ora cá está!
Essa tal 'qualidade' na prestação de serviços, que tantas vezes nos é transmitida como uma excelência do privado, fica aqui a nú. A verdade é essa - no público há concursos e é exigido mais rigor.
É claro que ainda dentro da mesma declaração vem a saber-se que muitas vezes é o «próprio ministério a emitir cédulas a quem não tem formação adequada» o que é bem grave, mas o facto que quero sublinhar é que sem querer entrar em dicotomias com os bons de um lado e os maus do outro porque é sabido que em todos ao lados há bons e maus, competentes e incompetentes, mas o certo é que o trabalhador público tem um controlo apertado e é difícil fazerem-no passar pelas malhas da rede.
4 comentários:
Bem visto, partilho inteiramente a tua visão do problema.
Quanto ao timing, nada mais adequado, para desmistificar, de vez, essas ideias erróneas de que só o privado é bom e que o público, uma cambada de malandros.
Qual a atitude que devemos esperar do Ministério?
Pergunto porque me parece que o que foi dito é a ponta do iceberg.
Já agora aproveito para repegar em algo atrasado para dizer que os ensaios clinicos em humanos, provocaram, que se saiba, à dez anos, mortes, e ua delas em Portugal.
Esqueci-me de referir a Bayer, empresa privada, como responsável pelo medicamento e a sua utilização/experimentação, em meio hospitalar.
Como é?
A Bayer ainda por cima esteve envolvida naquela história dos «subornos» (?) aos médicos para receitarem antes os seus medicamentos... Bom, por mim, acredito que as outras farmaceuticas também!
Julgo que aborda uma questão muito pertinente, pois por vezes no sector privado não se admite para o exercício dum determinado cargo um profissional com a devida habilitação
porque a empresa não está disposta a pagar o justo salário e por isso opta por uma solução de remedeio.
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