Impostos
É mesmo um desporto visto com bons olhos pela generalidade da população. A tal habilidade para fugir aos impostos, de que se fala entre amigos com um sorriso de alguma admiração pela esperteza com que é feito.
Disse o representante dos Técnicos de oficiais de Contas que só o ano passado se descobriram 2200 casos de fraude fiscal. Eu acrescentei «se descobriram» porque tenho a maior das convicções que, tal como nos icebergs, aquilo que se vê é só uma parcela. Claro que existem as grandes fraudes e as pequenas fraudes, e é sempre mais escandaloso quando se trata de uma grande fraude de alguém que, por grosso ganhe muitíssimo mas depois, para efeitos fiscais, consegue apresentar um rendimento que não corresponde nem a metade. Mas se estivermos atentos repare-se nas múltiplas pequenas fugas que existem todos os dias, por todo o lado. Quando almoçamos num restaurante, se queremos uma prova do que pagámos temos de pedir uma factura – ora era natural que fosse exactamente a factura que nos fosse apresentada quando pagamos. Se chamamos alguém para nos arranjar alguma coisa em casa, electricista, canalizador, pintor, o máximo que nos dá é uma folhinha de papel amachucado com a quantia que temos de pagar…
É a tal moralidade. Que talvez melhorasse se sentíssemos um bom retorno desses pagamentos.
Disse o representante dos Técnicos de oficiais de Contas que só o ano passado se descobriram 2200 casos de fraude fiscal. Eu acrescentei «se descobriram» porque tenho a maior das convicções que, tal como nos icebergs, aquilo que se vê é só uma parcela. Claro que existem as grandes fraudes e as pequenas fraudes, e é sempre mais escandaloso quando se trata de uma grande fraude de alguém que, por grosso ganhe muitíssimo mas depois, para efeitos fiscais, consegue apresentar um rendimento que não corresponde nem a metade. Mas se estivermos atentos repare-se nas múltiplas pequenas fugas que existem todos os dias, por todo o lado. Quando almoçamos num restaurante, se queremos uma prova do que pagámos temos de pedir uma factura – ora era natural que fosse exactamente a factura que nos fosse apresentada quando pagamos. Se chamamos alguém para nos arranjar alguma coisa em casa, electricista, canalizador, pintor, o máximo que nos dá é uma folhinha de papel amachucado com a quantia que temos de pagar…
É a tal moralidade. Que talvez melhorasse se sentíssemos um bom retorno desses pagamentos.
3 comentários:
Afinal isto também encrava, um bocadito...
Uff...Tava a achar que era eu que trazia azar.
Quanto a este post, se por um lado quanto aos tubarões penso que estamos todos de acordo (a não ser eles, claro) a arraia miúda tem mais que se lhe diga. é evidente que há pouca (ou nenhuma?) consciência cívica, e todos se sentem muito «espertos» por fugir a pagar, mas também como dizes no fm, o retorno dos impostos é tão insuficiente, que ninguém o faz por gosto...
Sim, encrava.
Já tive um email de uma amiga comentadora a queixar-se... Mas quem passou pela weblog, isto é um chuvisco depois de um temporal!
Tens razão, claro que são medidas diferentes, mas como dizes por outras palavras é um caso de civismo.
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