segunda-feira, novembro 13, 2006

Feiras

Feira de emprego.
Seria uma ideia engraçada, mas só pode haver uma feira ou mercado quando existem vendedores, quando há algo para oferecer. Alguém pode estranhar que a
Feira de Emprego tenha sido cancelada por falta de «vendedores»?
Até me surpreende a ingenuidade de quem teve a ideia!
Por acaso o ano passado fui realmente a uma Feira de Emprego, ali no Parque Eduardo VII, e vim cheia... de papeis. Os stands onde parecia haver alguma oferta eram os que queriam gente para as vendas por telefone...

8 comentários:

Anónimo disse...

Xacáver, o boneco são as mãos vazias, certo?
Mas claro que outra coisa não se podia esperar. Se não há nada para oferecer, iam ser stands de quê?

Anónimo disse...

É a primeira vez que comento neste blog, pois também só agora o descobri.
Desde já, parabens pelos temas abordados, tanto neste como no antigo que acabei por aceder devido ao tema "bulling".
Relativamente ao tema em questão, cara "colega", o mercado do emprego está saturado, o país está a atravessar aquela que parece ser a crise da meia idade e a sociedade repleta de vícios e hábitos desfasados. Comecem por procurar trabalho, é arduo eu sei, cria cálos é verdade, mas à falta de melhor, sempre dá para os gastos e quando surgir a oportuidade de saltar para um emprego...

josé palmeiro disse...

Tema deveras interessante e que reflete bem o "estadio" em que nos encontramos.
Permite-me uma reflexão sobre o que Luis Melo diz. É na verdade um caminho e eu na minha família proximal tenho dois que é o que fazem desde há uns bons anos. Trabalho têm tido, sempre, abaixo das suas qualificações e competências, e, o que daí resulta? Descrensa, falta de confiança, em si e nos outros e uma instabilidade que a ninguém serve, principalmente a eles, que se prepararam para poder dar o melhor de si, à sociedade.
Muito fica por dizer, mas o que ressalta, é a mentira e incacidade, de quem nos governa, e nos atira para patamares de inferioridade relativamente aos outros parceiros europeus.

cereja disse...

Olá! Realmente as mãos pretendia mostrar que estavam vazias, assim tipo «mãos a abanar»...
Luís - ainda bem que aqui parou e gostou do que leu. Esse meu post do bulling já foi há bastante tempo, mas o tema infelizmente continua actual. De resto, é certo que este «mercado» está saturado, mas o certo é que temos de arregaçar as mangas e imaginar novas formas de utilizar as pessoas que temos e algumas com boas formações...

Anónimo disse...

Parece um beco sem saída ou um labirinto. A malta em busca de um primeiro emprego, desespera completamente!!!

Anónimo disse...

Tendo em conta que se tratava de uma faixa muito específica do emprego científico quase não fiquei surpreendida :((

É muito triste ver um país assim. Um país incompetente! Onde as pessoas investiram na educação dos filhos, anos a fio. "Estuda!" aconselhavam. "Pensa no teu futuro!" E o futuro não chega.

O Luís Melo saberá que há gente a saltar de trabalho precário em trabalho precário anos a fio?! Gente que trabalha e não recebe um tusto, meses e meses e meses... e continua a trabalhar na esperança cada vez mais magra de ver melhorar a situação?!
[Inês]

Farpas disse...

Podiam fazer a feira na mesma... pelo menos davam emprego aos "vendedores"

cereja disse...

Farpas, só tu para manteres o bom humor e sofrendo desse mal da dificuldade de arranjar emprego!
Inês, já temos trocado as nossas opiniões sobre o assunto, e entendo tão bem o que dizes! É claro que nos primeiros tempos faça sentido, saltar de um trabalho para outro, e aceitar o que vai surgindo, mas ao fim de uns anos desanima-se...