Transparência
Se eu fosse muito dada a «teorias da conspiração» até me punha a imaginar que era de propósito!
Já mo tinham dito, e agora encontrei a notícia num jornal.
O Governo criou um «Portal» onde quem quiser poderá consultar os Contractos que se fizeram na Administração Pública.
Muito bem.
Assim, à primeira vista, nem deve haver melhor, cada um, no conforto da sua casa, com um portátil ao colo, pode meter o nariz nas despesas que as autarquias e empresas públicas andam a fazer. Belo.
Mas...
Pelos vistos aquilo é uma enorme confusão, e encontram-se lá valores completamente absurdos É evidente que uma fotocopiadora não pode ter custado 6.5 milhões de euros, nem o arranjo de uma porta pode ter custado 50 mil euros como li noutro sítio, ou o papel higiénico já não sei para que autarquia ter sido mil vezes mais caro do que em qualquer supermercado...
E o curioso é que esses absurdos foram sempre por excesso, verbas tão inflacionadas que mesmo com a maior má fé não se poderia acreditar (apesar de eu já ter lido por aí nuns blogs a expressão de indignação de quem, decerto, não pensou duas vezes)
Como disse, não sou muito dada a teorias da conspiração ou então até podia pôr-me a pensar que é de propósito. Se não se pode evitar que as contas sejam inspeccionadas, então arranje-se uns números tão absurdos que tudo cai pela base...
Pode ser?!
Já mo tinham dito, e agora encontrei a notícia num jornal.
O Governo criou um «Portal» onde quem quiser poderá consultar os Contractos que se fizeram na Administração Pública.
Muito bem.
Assim, à primeira vista, nem deve haver melhor, cada um, no conforto da sua casa, com um portátil ao colo, pode meter o nariz nas despesas que as autarquias e empresas públicas andam a fazer. Belo.
Mas...
Pelos vistos aquilo é uma enorme confusão, e encontram-se lá valores completamente absurdos É evidente que uma fotocopiadora não pode ter custado 6.5 milhões de euros, nem o arranjo de uma porta pode ter custado 50 mil euros como li noutro sítio, ou o papel higiénico já não sei para que autarquia ter sido mil vezes mais caro do que em qualquer supermercado...
E o curioso é que esses absurdos foram sempre por excesso, verbas tão inflacionadas que mesmo com a maior má fé não se poderia acreditar (apesar de eu já ter lido por aí nuns blogs a expressão de indignação de quem, decerto, não pensou duas vezes)
Como disse, não sou muito dada a teorias da conspiração ou então até podia pôr-me a pensar que é de propósito. Se não se pode evitar que as contas sejam inspeccionadas, então arranje-se uns números tão absurdos que tudo cai pela base...
Pode ser?!
9 comentários:
Por esses mundos obscuros a inflação é muito alta!!! O guarda-chuva é enorme e Zé paga tudo.
Este guarda-chuva que aqui deixei era para se dar a ideia de que era transparente :)
Mas há limites nessa conversa de inflação específica nas compras públicas. Andam a brincar com os zeros e vírgulas com toda a certeza!...
Olha, não identifico agora, mas também li num blog uma crítica exaltada a essas compras e a coisa soou-me mal. também senti que não podia ser assim!
Vais ver que é isso. Quem devia meter os dados no computador não tinha qualquer experiência e trocou as vírgulas!!!
Sem chegar ao extremo de pensar que seja de propósito (e sabe-se lá...!) o meu palpite é que encarregaram de meter esses dados no programa pessoas sem a menor preparação.
A gente sabe que as 'poupanças' são sempre feitas «por baixo», são os funcionários menos qualificados e que menos ganham que não são substituídos e vai-se atamancando com aquilo que há. Possivelmente decidiram que quem ficava a trabalhar nisso era uma funcionária que nem sabia bem mexer no computador. Não me admiro.
"pessoas sem a menor preparação"-lá vai a culpa para o trabalhador sem qualificação para "arredondar" por baixo...Mandei-te agora um documento PDF que vale a pena veres para te certificares de como se arredonda por e para cima.Banco de Portugal.Veio via Canadá.AB
Não pode ser?
Olha, querida Amiga, fia-te na virgem, não corras...
Pois, as virgulás, a má fé, quiçá o complot... não compram automoveis topo de gama (ou não gama...)
Tu sabes onde eu trabalhei... não era público, não tinha contas públicas, as contas eram apresentadas em A.G e ... p/ ex: 3 milhões de CONTOS em publicidade...
É o que dá a mania das transparências! Põe toda a gente arreliada e a pensar que há gato. Haverá?
Tem de haver gato! O exemplo que até vem ali no Sol é um deles. O Município de Beja imagino não tenha 6,5 milhões de euros no seu orçamento, logo não pode pagar uma fotocopiadora por esse preço!
AB - é de facto muito interessante. Neste caso em que Zorro falou de gente sem preparação, posso fundar-me na minha experiência passada. Sei que o meu serviço enviava senhoras administrativas fazer uns cursos básicos de informática. Voltavam ao local de trabalho, mas não havia computador, ou era um modelo tão velho que não dava para praticar o que tinham aprendido. Quando vinham outros, 2 ou 3 anos depois, já elas se tinham esquecido de tudo!!!!
Alexzinha, claro que a tua experiência esmaga o que eu possa pensar. Imagino tudo, de facto... Essa contabilidade devia ser bem 'criativa' :)
Emiéle essa ideia do guarda-chuva, e este era mesmo, pois não dá para guarda-sol, por ser transparente, como tu querias, fez-me lembrar um livro: "O Partido com Telhados de Vidro", acho que era assim, em que se reivindicava uma total transparência nos actos e nos feitos. Talvez a melhor maneira de os encobrir...
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