sexta-feira, janeiro 30, 2009

E depois...?!

Assim como eu sei que a «igualdade de oportunidades» será completamente verdadeira no dia em que uma mulher incompetente atingir um lugar importante - porque agora já os atingem em muitos locais mas têm de ser competentíssimas! - também desejo o dia em que
isto
já não seja notícia.

Então sim!


Transparência


22 comentários:

Anónimo disse...

Não é uma "noticia" na Islandia .È noticia "fora" da Islandia.Como foi noticia a homossexualidade "assumida" do maire de Paris.No ultimo caso a divulgação do facto somou votos.Ou seja, sendo verdade ,assumiu a forma de arma de marketing politico eficaz em Paris pela positiva.Mas tens toda a razão e, às vezes, é isso que me irrita em certos homossexuais.`*E lançarem primeiro o facto e só depois são outras coisas como escritores ou pintores ou o que seja. Tens razão não devia ser facto relevante.AB

Anónimo disse...

Não é anónimo.Fogo!È mesmo reacionário este pc.Safa!AB

cereja disse...

[ando a pensar em mudar o sistema de comentários; não sei como é que foge para o anónimo depois de já ter entrado com o teu nome!!]

....

É o tornarem relevante, o vir no título, que faz pensar no que disse. Parece que aumenta o valor da senhora, ou que o retira, sei lá... ser homossexual, ser mulher, ter olhos pretos, ser gordo, ser estrábico, não pode contar.
Ou se conta para alguma coisa é porque algo ainda anda mal!

Anónimo disse...

Deixa cá ver se 'descodifico' porque a imagem de cima era muito fácil, mas esta não o é tanto.
Queres dizer com aquele monitor transparente (olha que é giro!)que interessa é o que é dito ou pensado e não o suporte? É a minha interpretação, mas tenho dúvidas.

Quanto ao resto, não posso estar mais de acordo. A Beauvoir dizia On ne naît pas femme : on le devient. e portanto se á partida as chances fossem rigorosamente iguais não seria necessário ser-se particularmente boa para se vencer neste mundo. Mas é ainda o que acontece...
De resto os homos ainda estão na fase de ser reconhecidos. Direitos iguais, etc. quando isso acontecer, é como dizes, aqui no comentário é como ser magro ou moreno, não interessa nada!

Anónimo disse...

Mas cá foi mesmo notícia, e acredito que em muitos outros sítios também.

Só imagino a cara de alguns chefes fundamentalistas islâmicos: é mesmo um «dois em um» - por um lado mulher, que devia estar no recato da sua casa, e ainda por cima homo, que então é logo pena de morte! (é que às vezes esquecemo-nos dessas coisas...)

André disse...

Ela é mulher, é lésbica. Barack é preto e, ainda por cima, de origem Africana. E, se tal como para os "straights", leia-se o homem branco caucaseano, comum, esperássemos para comentar o que realmente interessa:- A sua acção política e a verdadeira carga de renovação mental que se pressupõe carrearem...?
Aí sim, também os homens e mulheres de esquerda estariam a dar o exemplo, sem fundamentalismos de qualquer espécie, mormente este, que dá pelo nome de Feminismo!
É que às vezes até parece que não houve verdadeiros renovadores/reformadores/revolucionários sociais que partilhavam o facto de serem brancos e homens...
Nem tanto ao mar nem tanto à terra, por favor...!

Anónimo disse...

Bom,sem querer entrar em polémica, mas quem estudar a hstória dos movimentos sociais onde se incluem os feminismos,sabe que nem todos os feminismos são radicais ,tem evoluido em vários sentidos e até se fala em "era pós-feminista".Portanto se radical é igual a "fundamentalista"há os que são e os que não são.Não sei se se pode dizer o mesmo dos "machismos" mas esses não constam (assim denominados)na história dos movimentos sociais.Talvez na dos "direitos adquiridos" mas francamente ainda não fui pesquisar.AB

Anónimo disse...

Bem, já cá venho.
Vou acabar de ler os outros, mas volto
(o Pópulo tem pouca polémica e é óptimo quando há oportunidade...)
:)

Anónimo disse...

Para mim nem tem relevância nenhuma,ísto é só propaganda que serve os radicais.Porquê ser noticia? Se os islandeses a escolhem é porque lhe reconhecem mérito para lhes alterar o rumo da vida desgraçada que estão a ter.

Anónimo disse...

Olha, amigo Palmeiro júnior, entendendo o que dizes, posso contrapor que talvez o digas exactamente porque és jovem, branco, homem e heterossexual.
Indo ali atrás ao que disse a Emiéle, ela diz que «deseja o dia em que 'aquilo' já não seja notícia» exactamente porque esse dia ainda não existe. Os feminismos são (foram?) fundamentalistas? Talvez. Houve exageros? Sem dúvida. Mas sem as sufragistas que foram humilhadas, presas, tratadas de um modo terrível há cem anos, hoje se calhar o mundo estaria diferente.
Tem-se falado muito no facto do Obama não ser branco? E isso não é relevante? Para mim é. Evidentemente que há negros horrorosos. Muitos dos presidentes africanos, e nem falo já no Mugabe, são uns ditadores. Mas o facto de nos EUA, com a discriminação que ainda existe, ele ter ganho estas eleições é importante. É um sinal de mudança.
Eu, por exemplo, nem me quero casar (ou voltar a casar) mas é uma opção. Compreendo que uns homossexuais o queiram fazer. Talvez no dia em que o puderem fazer, optem por uma união de outro tipo, mas é porque podem optar.
Em resumo, apoio o que disse a Emiéle, oxalá esteja para breve o dia em que aquilo não for notícia.
E a AB é capaz de ter razão, lá na Islândia não é notícia.
Ainda bem.

Alex disse...

Que raiva!
O que é que os afectos e/ou a sexualidade da senhora têm a ver com o facto de ela poder vir a ser seja o que for?
A estupidez é, de facto, ilimitada.

josé palmeiro disse...

Mas que notícia tão incompetente e inconveniente, acrescentarei eu.
O que é que tem a ver o "cú com as calças"?
Por que razão a opção sexual dessa senhora tem de aparecer aqui, como notícia? Mau, péssimo, jornalismo, o do Público!

Anónimo disse...

Só uma nota à Kika. Apesar de andarem agora a passar um mau bocado, olha que segundo a Wikipédia a Islândia é (ou era há pouco tempo) considerado um dos melhores países do mundo para se viver, pelo fato de ter o índice de desenvolvimento humano mais elevado mundialmente[2] e à alta qualidade de vida da sua população.
Apesar de tudo não é assim tão mau...

Teve graça, a troca de ideias entre o Palmeiro (André, creio) e a AB e Mary. Eu penso que estão do mesmo lado, e fundamentalismos há-os em qualquer corrente de opinião. Ri-me com a AB dizer que os "machismos" não constam na história dos movimentos sociais. Eheheh!! Lá isso. Não precisavam. Tiveram a condução desses movimentos tantos séculos...

André disse...

Relativamente ao machismo atávico e buçal, tudo bem... não é um movimento, é uma secularização. Agora, quando amiúde se assiste a uma diabolização da condição masculina, aí sim, já me constranjo e aturdo, pois que não a entendo, e me parece mais uma reacção esbaforida que um verdadeiro movimento.
Até as primeiras sufragistas, mulheres de impagável coragem física e honestidade intelectual, eram animadas por teorias desenhadas por homens e melhoradas por mulheres. Não lhes movia a luta contra o homem, enquanto defeito de género, mas uma vera e leal reivindicação contra um "status quo" instituído que a todos espezinhava e oprimia: Operários, Camponeses e povo em geral.
Ainda hoje esta luta é necessária, mas não depende só de movimentos sociais herméticos, mas de uma ebulição, de uma espontaneidade que nasce da repressão e da carência.Talvez este seja o grande anátema da contemporaneidade, de uma sociedade, paradoxalmente, da abundância...

Anónimo disse...

Olá Joaninha , olha que a Islândia é um Pais muito pequenino.. Fácil de governar, evoluido não contesto,mas a verdade é que estão numa situaçao de falencia e não é por acaso que pediram a demissão do 1º ministro... e um Pais em falencia é caso serio. Oxalá isso não nos bata á porta um dia destes
lagarto lagarto lagarto A crise foi financeira e isso tambem diz muito ... acerca da mentalidade e cultura daquele povo, não achas?
Seja como for se a Senhora é competente estou com o Zé Palmeiro, nao tem nada a ver o cu com as calças, achei piada á expressão porque tb a uso muito...

Anónimo disse...

Essa da "reacção esbaforida"também é muito boa.Esbaforida é?Bom(sem querer entrar em polémica)quem foi parar aos divãs dos psiquiatras quando em Portugal depois do 25 as mulheres começaram a reunir-se para falar de várias coisas entre elas constituição de creches e por aí(comissões de moradores, lembram~se ?que foram maioritáriamente começados por gente de instinto prático)e depois começaram a falar de si próprias incluindo a questão do poder e obviamente também da sexualidade,quem foi parar ao divã dos psiqiatras ,dizia eu ,não foram elas...foram uns rapazes nada esbaforidos com sinais alarmantes....enfim, de coisas várias, que depois se traduziram em divórcios (é ver estatisticas).Bom isto para dar um exemplo local...relativamente recente e de alguma forma pitoresco.AB

Anónimo disse...

Mas Palmeiro não te preocupes não estás sózinho.Herr Freud pensava exactamente o mesmo."inveja do penis""medo"do mesmo...enfim toda uma doutrina.AB

cereja disse...

Ora bem, não imaginei que este postzinho tivesse tanto comentário, mas sobretudo que levantasse estas ondinhas de polémica.
Vamos por partes:
( à AB já respondi mais ou menos de manhãzinha e pensamos muito parecido pelo que com ela não há explicações)
Zorro, é isso, amigo. Pretendia uma imagem que dissesse que ‘o suporte’ da mensagem era secundário. E tu dizes por outras palavras o mesmo que a Mary diz mais adiante, que seja questão de cor de pele, de género, ou de opção sexual só quando se pode escolher quando as oportunidades são iguais. E, em muitos casos sabemos que assim não é, muito pelo contrário. Exactamente por isso, tendo-me chocado o título da notícia escrevi que seria bom que «aquilo já não fosse notícia» porque acredito que dentro de algum tempo deixe de fazer sentido, como dizer que se tem um ministro com óculos, ou com risca ao meio.
Mary, eu poderia assinar o que escreveste, apanhaste muito bem a minha ideia.
Kika, os islandeses podem agora estar a passar o tal mau bocado, na queda das peças de dominó que começou nos EUA, eles foram uma das primeiras peças a sofrerem, mas isso de ser pequenino não quer dizer fácil de governar... Eles tem sabido aproveitar muitísimo bem o pouco que têm, olha que por cá uma das desculpas de não sermos mais desenvolvidos é... por sermos pequenos! E é um ‘mau bocado’ relativo.
Alex e Zé Palmeiro, pois é. Vir em título é, no mínimo, de mau gosto.
Palmeiro Júnior, escreveste os teus comentários num estilo tão rebuscado que me deixa atrapalhada, porque este é um blog muito coloquial. Nem sei que te diga. Citando a Mary que veio logo a seguir a ti, nota-se que és jovem, branco, homem e heterossexual. Ah, e vives em Portugal em 2009. E é nesse contexto que devo entender o que dizes, mas já tiveste a resposta da AB e da Mary. Sem ofensa, mas deves ter tropeçado na tua vida com uma “feminista” muito radical [ essa da diabolização da condição masculina !!! ] que te colocou no nariz uns óculos por onde analisas (?) as coisas de um modo peculiar. Mas és livre de o fazer, por quem és....
:)

Anónimo disse...

Émiele quando referi pequenino é 1/3 da cidade do Porto em termos de população não me digas que não é relevante mas não é tudo claro, mas não te esqueças que ruiu pelas razões que já todos sabemos. Viviam numa economia que não era real, sustentável e para mim este comportamento suscita-me uma cultura e forma de estar estranha.. portanto o facto de serem tão liberais e assumidos não significa para mim grande coisa eles devem conhecer-se todos uns aos outros quase uma grande familia .Desculpa contradizer-te,mas "mau bocado`" sim e seria pior se não estivessem a ser muito ajudados.

josé palmeiro disse...

Só uma coisa me faz aqui voltar.
Nada a ver com o texto e com os comentários, antes, saudar a minha/nossa amiga Joaninha que acertou em cheio, quando se referiu ao que assina, Palmeiro. Ele é exactamente um dos meus filhos e chama-se André. è que já me custava ve-lo, ser tratado de Júnior, ele que já é sénior, não no sentido que hoje, emprestam à palavra mas no sentido desportivo.
Desculpem lá o desabafo, mas, respeito muito as identidades.

cereja disse...

José Palmeiro, lamento se sentias isso como um menosprezo do teu filho, mas como uma das pessoas que usou o termo, não o pretendia ser de modo nenhum. Só que com dois apelidos iguais e invulgares, toda a gente imaginou o parentesco que foi depois confirmado. Como ele não deixou o André aqui na assinatura, para distinguir mostrou-se que um seria mais jovem do que o outro. Ser sénior nem sempre quer dizer que se seja maduro, nem júnior o oposto...

André disse...

Tenho a sensação que deixaram de ler p´rái no 1º parágrafo, mas tudo bem...