O trabalho doméstico
É certo que se vai dando uns passos.
Quem tem memória e viveu una anitos, pode comparar: o trabalho doméstico é hoje mais partilhado sem dúvida. Pelo menos nos países ‘desenvolvidos’.
Mas uns noruegueses, decididos a estudar o caso mais a sério, fizeram um estudo que incluía 18 mil casais de 34 países – já é uma amostra interessante. Claro que, como seria de esperar, «nas sociedades onde as mulheres ocupam lugares de destaque há menos diferenças na distribuição de tarefas em casa, mas ainda assim ELAS continuam a trabalhar mais do que ELES»
De um modo geral, diz-nos esse estudo, 2/3 das tarefas domésticas ( cozinhar, lavar, arrumar ou fazer as compras ) são executadas por mulheres. Parece ser o seu destino.
Mas esta investigação diz-nos também coisas que subvertem as ideias que poderíamos ter.
Por exemplo, será possível que os homens mexicanos participem mais em casa do que os noruegueses?!... Nas ideias de muita gente, incluindo a minha, o «macho latino» seria muito menos participativo do que o homem nórdico, mas afinal…
Aliás, para se ver como pensa o macho latino é ver os primeiros comentários, no Público, a este artigo!
Está lá tudo. :)
Quem tem memória e viveu una anitos, pode comparar: o trabalho doméstico é hoje mais partilhado sem dúvida. Pelo menos nos países ‘desenvolvidos’.
Mas uns noruegueses, decididos a estudar o caso mais a sério, fizeram um estudo que incluía 18 mil casais de 34 países – já é uma amostra interessante. Claro que, como seria de esperar, «nas sociedades onde as mulheres ocupam lugares de destaque há menos diferenças na distribuição de tarefas em casa, mas ainda assim ELAS continuam a trabalhar mais do que ELES»
De um modo geral, diz-nos esse estudo, 2/3 das tarefas domésticas ( cozinhar, lavar, arrumar ou fazer as compras ) são executadas por mulheres. Parece ser o seu destino.
Mas esta investigação diz-nos também coisas que subvertem as ideias que poderíamos ter.
Por exemplo, será possível que os homens mexicanos participem mais em casa do que os noruegueses?!... Nas ideias de muita gente, incluindo a minha, o «macho latino» seria muito menos participativo do que o homem nórdico, mas afinal…
Aliás, para se ver como pensa o macho latino é ver os primeiros comentários, no Público, a este artigo!
Está lá tudo. :)
9 comentários:
Os 4 primeiros comentários são de truz! Palavras para quê? São artistas portugueses...
«Quando elas forem para as obras carregar baldes de massa, partir paredes, mudarem lâmpadas, forem para as oficinas arranjar carros, etc, aí eu vou para a cozinha!»
Essa do México deixa-me abismado! Nunca por nunca imaginei.
Olha, estas coisas vão devagar. Como dizes já muitos passos se deram. Pelo menos por aquilo que vejo e sei, há muitas áreas onde os homens já assumem tarefas que para os nossos pais e avós era sinal de mariquice. As compras, por exemplo. Muitos de nós vamos às compras ou pelo menos vamos em casal. Levantar e pôr a mesa, lavar a loiça (ou, vá lá, pô-la na máquina... e deitar-lhe o pó) e arrumar algumas coisas.
Em «tarefas domésticas» há duas que estão 'reservadas' aos homens.
Sobretudo quando há visitas é sabido: abrir as garrafas de vinho e fazer o café no fim do jantar.
:))))
:)
És um tanto cínica, Mary, mas tenho de reconhecer que está bem observado.
Mas, MAS!!!, qual a responsabilidade feminina, nesse estado de coisas? O que é que as mães ensinam aos filhos?
(Ora toma!)
Não desdenho os estudos, mas não os acho determinantes. Comungo com o King, das suas ideias, sobre o assunto. Como em tudo, cabe aos intervenientes, neste caso , o casal, harmoniar-se e, sempre em conjunto, determinar o que fazer e por quem fazer, de forma a coincidir com os tempos que cada um tem, para as fazer. Quanto aos comentários, são mesmo de artistas, como diz a Joaninha.
Tá visto que os «comentários» dos leitores do Público são mesmo para irritar. Até porque, se não há lá muitas mulheres na construção civil, quanto às fábricas estão cheias delas, (essa da 'mudança de lâmpadas' nem entendo o que é que o tipo quer dizer), e nas oficinas a arranjar carros já se vêm muito. A ideia de profissões masculinas «já era», só aquele exemplar ainda não o descobriu.
Primeiro o boneco é bem giro! Só que enganador, porque se hoje aquilo já faz rir, há ainda muito a desbravar.
Tenho a perfeita consciência de que cada um olha para esta história da igualdade de oportunidade apenas segundo o meio em que vive. Eu tento não o fazer.
No meio em que vivo, há rapazes que vivem sozinhos e se desembaraçam muito bem, tão bem que quando casam, as tarefas são mesmo repartidas. Sou amigo de casais onde os papeis tradicionais estão invertidos: ela não se rala mesmo nadinha com as «coisas da casa». Lá existe uma empregada para o mais complicado e o resto cada um que se vai amanhando.
Mas sei bem, e basta ver a geração dos meus pais, que não é nada assim. Basta a responsabilidade pela educação e cuidados dos filhos para a balança se desequilibrar.
Pois tens razão, sim senhor, Raphael. Depende muito das gerações, depende da personalidade de cada um, depende do modo como se encaram as diferentes responsabilidades.
E, depois, tenho de reconhecer que as mulheres como principais educadoras (é um facto!) têm também a responsabilidade da transmissão dos estereótipos neste campo.
Ah! E quanto ao boneco, hesitei entre este e outro parecido com a dona de casa sozinha mas preferi este exactamente para mostrar que é de pequeninas e com as mães que as meninas são logo 'orientadas'.
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