sábado, novembro 24, 2007

A lógica do lucro sector privado

Uma pessoa que não acredite no SNS, se puder, faz um Seguro de Saúde.
E digo ‘se puder’ em dois sentidos: se tiver dinheiro para isso e se tiver até certa idade a partir da qual as companhias já não fazem seguros.

A ADSE é uma espécie de seguro obrigatório. Se tem um contrato com a Função Pública, desconta para a ADSE. Com isso tem direito a receber uma pequena participação nos pagamentos que adiantadamente faz quando vai a uma consulta privada, uma participação nos medicamentos, assim como nos exames complementares de diagnóstico. Se necessitar de um internamento hospitalar ou um intervenção cirúrgica então será um utente do SNS como outro qualquer e irá para a fila como toda a gente.
Portanto, assim como os carros que têm mais acidentes vêm o seu seguro aumentado, a ADSE concluiu que os trabalhadores que se reformam devem adoecer mais, portanto tratou de lhes aumentar a carga do ‘seguro’.
Natural.
Pensavam que existia uma política social ou quê?

12 comentários:

Anónimo disse...

Cá por mim acabavam de vez com a ADSE. Olhem que se fizessem um inquérito na FP, perguntando se preferem o desconto e esta 'benesse', ou não fazerem desconto nenhum e fazerem um Seguro, vão ter uma surpresa. Prefiro mil vezes usar o Seguro do meu marido que não é mais caro que o meu desconto, mas me dá muito mais regalias.

josé palmeiro disse...

Cá está o estado que eu refiro no comentário ao escrito seguinte. Com este estado de coisas vamos ao fundo.

Anónimo disse...

Falta pouco, Zé Palmeiro, falta pouco.
Cá por mim, o castigo que dava a estes senhores todos era fazê-los passar o tal mês que o empresário italiano passou. Por exemplo, neste caso, gerirem uma reforma que cada vez está mais pequena!...
E, claro está, fossem obrigados a recorrerem ao SNS para tudo.

Anónimo disse...

Quê.

Anónimo disse...

Olha, sem comentários!!!!
Um vómito, é o que isto merece!
Se calhar o que se deseja é que os reformados morram depressa. Se não produzem, não é?

Anónimo disse...

Riscaste «lucro», e entende-se a gracinha. Realmente, lucro, lucro não terão, mas andam lá perto. Nota que TODOS descontam para a ADSE, mas felizmente muita gente nunca está doente, ou infelizmente quando adoece morre depressa. Portanto do universo de quem anda a pagar devemos descontar todos aqueles que não recebem benefícios do que pagaram. Claro que é isso que faz viver os Seguros, mas era suposto que a ADSE não fosse uma entidade lucrativa. Afinal, se calhar é.

Anónimo disse...

Raphael, é tudo uma questão de competividaqde, ou falta dela.

Anónimo disse...

Das duas uma cara amiga, ou não é funcionária publica e dai nao conhecer a ADSE ou é funcionária pública e ainda nao se interessou a perguntar a quem de direito sobre o sistema de saúde dos funcionários públicos.
Vou só dizer uma coisa, e opiniões ficam para quem as tem, como é lógico... muita pena tenho eu de quem não tem um subsitema de saude como a ADSE, claro que não é maravilhoso em tudo, mas garantidamente ajuda muito boa gente, como os doentes oncológicos, como os hemodialisados, como muitos outros que podem receber qualquer coisa em vez de NADA, como acontece em algumas situações no SNS.
Tudo tem os seus "k's", é uma verdade e eu como beneficiária da ADSE, tb digo que nem tudo é perfeito, mas seria muito bonito conhecermos as coisas antes de falar nelas.

cereja disse...

FJ - (afinal sempre se abriu a porta do Pópulo? uff... a ver se não se volta a fechar)
Quanto ao/à «anónimo - vamos lá ver, se a comparação é com o «nada», então decerto que este subsistema de saúde é melhor. Sem a menor dúvida. Só que o que escrevi no post era em comparação (nem sequer com outros sub-sistemas como os SAMS) com um normal Seguro de Saúde. E aí, continuo a achar que tenho razão, e que é uma injustiça esse aumento da comparticipação dos reformados.

Anónimo disse...

Bom mas por acaso alguém pensa que os seguros das Seguradoras não têm substanciais aumentos quer anuais quer em divisão de escalão étário?Que se uma pessoa se reforma com 65 anos por exemplo ,para uma cobertura de 25.ooo euros anuais, que são sujeitos a aprovação prévia, não paga mensalmente cerca de 90 euros quer realize consultas ou não?Que por cada consulta não paga uma taxa?Que por cada operação não paga uma taxa quer tenha internamento ou não?Por tanto ADSE oh meus amigos mais 1%não é propriamente a catastrofe.AB

Anónimo disse...

Eu anonima não sou o outro anónimo.AB

cereja disse...

AB - falar em 1% pode parecer ridículo, mas talvez seja menos se se equacionar em que isso é metade do aumento (quando há) do salário. E a 'taxa' das consultas, que se pagam logo e a comparticipação virá muitos meses depois, é ao contrário - se pagamos 100 € a um especialista, recebe-se 15 ou 20 mais tarde. E quanto às operações, ou se espera por um hospital ou se paga mesmo a totalidade. São outros mundo, mas já sei que aqui não nos entendemos. :)