quarta-feira, junho 27, 2007

Basta ser rico...

É muito bom ser rico.
Podemos fazer o que nos apetece.
Podemos dizer o que nos apetece.
A todos os níveis:
Na cultura ou no futebol, ou… onde muito bem lhe apeteça meter o bedelho.
Nada trava este senhor!
Isto tem um nome, mas eu não digo que sou bem educada.

20 comentários:

Farpas disse...

Tanto no Sport Lisboa e Berardo como no Centro Cultural de Berardo este senhor disse que não queria protagonismo porque isso não lhe interessava... acho que não está a fazer um grande esforço por isso... antes pelo contrário!

Anónimo disse...

)))))
:)))
Este Farpas é o máximo. Tal e qual: «Sport Lisboa e Berardo» ou «Centro Cultural de Berardo» ficam muito bem
A arrogância deste tipo é descomunal.
Ele é da mesma terra, será primo do Jardim?

Anónimo disse...

Vão ao Malhas, o blog da Inês/Nice, ver o trocadilho giro que ela fez.
Como o sr. Berardo fala mal português, ela sugere que como ele foi nomeado «comendador» deve ter percebido que era «comandador»
;)

Rita Inácio disse...

Tudo muito bem...
É arrogante, gosta de mandar, e mete-se onde não deve...
Mas também não podemos mostrar e dizer que ele é só isso...,...

A verdade é que o CCB teve durante muitos anos a colecção privada de Joe Berardo. Eu, como muitas outras pessoas, pude ver as vezes que me apeteceu ou que pude,..., e a verdade é que o bilhete não era caro, era acessível, e a referência a Joe Berardo passava despercebida!!!!
Por muito arrogante que ele seja, tem tentado investir em algo português, como o caso dos vinhos, da Quinta da Bacalhoa,..., etc. Por muito que seja em seu benefício próprio, poderia fazer o que muitos fazem e investir fora (por ser mais fácil e mais lucrativo)... e ao que parece está a tentar investir em Portugal!

Anónimo disse...

Gostava que me explicasse como se enriquece assim tão depressa. Para passar de mineiro a comendador...

Anónimo disse...

Anónimo, é que a mina era de ouro! E talvez também tivesse alguns diamantes para ajudar.
Rita - Olha que eu vi a coleção quando estava em Sintra e chamava-se mesmo «Coleccão Berardo». Que o tipo é malcriado, parece não haver a menor dívida!!! Aqui não se trata de dizer mal, é claro que ele tem investido aqui. Também o Gulbenkian o fez e nem era português...

Rita Inácio disse...

King
Eu vi a exposição há 8 anos no CCB (pela primeira vez), e já na altura se chamava Exposição Berardo, mas era apenas isso, não havia mais publicidade ao dito senhor, a maioria das pessoas nem sabiam quem Ele era, o que Era, um Madeirense que tinha uma colecção de Arte, um Mecenas,..., não iam pelo nome, mas pelo conteúdo!
Há um ano para cá começemos a ouvir falar cada vez mais de Joe Berardo, e? Não há piores que ele? Que tiram partido das coisas de uma pior forma?
Ele é arrogante, ponto!

Em relação a Gulbenkian, ainda bem que o fez, mas fê-lo em muito lado,..., onde eu queria chegar era apenas no seguinte:
- Quantos portugueses (dos que têm capital para isso), investem em Portugal?
- Quantos portugueses procuram a sorte nos outros países sem tentar cá?
- Quantos portugueses ajudam a economia do país de uma ou de outra forma?
- Quantos portugueses ajudam a melhor a cultura dos próprios portugueses?

Acho que para fazermos um juizo de alguem é preciso conhecermos a fundo o seu trabalho..., mas que isto não elimina a agorrância de Berardo não elimina...,...

méri disse...

Pois, sempre tive curiosidade de conhecer a fundo o seu trabalho; trabalho, trabalho mesmo, mas nem com tantas entrevistas fico a conhecer.

contradicoes disse...

Sinceramente gostaria que Rita Inácio concretiza-se quais os feitos deste empresário que engrandeceram Portugal e sobretudo tenham favorecido os portugueses. A mim pouco me importa a arrogância do senhor o que me importa sim é que ele conseguiu com a sua colecção ocupar um espaço num edifício público que se passou a chamar Museu Berard e o seu contributo é apenas as peças expostas e nada mais que isso. Entretanto à copa deste museu já conseguiu uma Fundação que vai arrecadar anualmente 200.000,00 euros provenientes do cofres do Estado só para a sua manutenção. Julgo que este tipo de mecenato deve ser bem avaliado tendo em vista as verdadeiras intenções de quem está por detrás das mesmas. É que ninguém enriquece praticando o bem.

Rita Inácio disse...

Parece que vendi a alma ao diabo com os meus comentários...

Não sou defensora de ninguém...
Simplesmente acho interessante que todos apontem o dedo ao zé manel (Joe Berardo), porque é rico e arrogante, e tem um museu com o seu nome e uma fundação...
Eu apenas penso que em Portugal há piores que ele,..., bem piores, e a quem ninguem aponta o dedo...

1) Durante anod o CCB cobrou bilhetes de uma exposição que deveria ser temporária, e que até foi polémica quando Berardo quis tirar a dita (já que era dele), quando o CCB não achava correcto que ele o fizesse, porque ali estaria disponível para todos..., isto por ser uma colecção importante!

2) Um dos maiores coleccionadores do mundo de arte contemporanea, que por acaso é português, e que por acaso, é reconhecido no mundo por isso, reconhecido enquanto português. Colecção que so pude ver por eu Ser portuguesa, e porque a dit colecção passa, maioritariamente, o seu tempo, em terras lusas.

3) Investidor em empresas como a Sonae, Teixeira Duarte, Vinhos da Quinta da Bacalhoa, Tabacos da Madeira, etc... Investimentos (não no caso da Sonae) que ajudaram a que algumas empresas não falissem, ou que alguns legados culturais e históricos não acabassem (como a Bacalhoa que pelo menos não foi transformada numa superficie hoteleira qualquer),..., e ajudando também a que o desemprego em Portugal não aumentasse ainda mais...,... Accionista do Millenium BCP,..., onde investiu uma quantia considerável,..., ou seja o que quero dizer, é que ele investe, e como referi no último comentário, mesmo sendo e, benefício próprio, investe, investe, não espera que os outros lhe dêem, e agora é criticado porque lhe deram,..., porque se não lhe dessem nada, não era noticia, era mais um com dinheiro...
No caso da Teixeira Duarte (10 000 trabalhadores) ele ajudou significativamente, assim como em relação aos Vinhos da Quinta da Bacalhoa...

Mas como referi, isto não invalidada a arrogância do dito senhor..., e não quer dizer que concorde com tudo o que ele diz ou faz!

cereja disse...

Ritinha, desta vez estás um pouco sozinha nesta caixa de comentários... É que, tal como os outros comentadores, não descortino esses grandes investimentos. Nos vinhos?... A Quinta da Bacalhoa...? Mas isso não são negócios como outros quaisquer? Investe para ter lucro, não é? E será realmente mais fácil investir noutro país europeu do que em Portugal? E porquê?
Quanto à «oferta» da colecção, o Raul Congeminações já o disse - atrás dessa oferta vem os benefícios de uma Fundação. Huuummm...
Quanto à comparação com o Gulbenkian, nem se pode comparar! São grandezas completamente diferentes. A Fundação Gulbenkian foi durante muitos anos e ainda é em parte do nosso Ministério da Cultura privado.

cereja disse...

O meu comentário e o da Rita entraram ao mesmo tempo, pelo que nenhuma de nós leu o anterior... E até podia parecer que eu lhe estava a responder o que não foi.

Ora bem, Rita, parece que cada uma das partes nesta questão está a 'estremar' as suas posições.
O que aqui temos dito é exactamente o que tu também achas «isto não invalidada a arrogância do dito senhor..., e não quer dizer que concorde com tudo o que ele diz ou faz!». Afinal é o que nós aqui dizemos. Não concordamos com o estilo dele, com o modo como se refere e trata as pessoas, por mais valor que tivesse. Quanto à tua lista, enfim... há aí umas no cravo e outras na ferradura. O tornar-se acionista de um Banco não parece assim um acto benemérito. O ter organizado umas empresas, claro que será bom se isso criou postos de trabalho, mas decerto que também foi para ele próprio ter lucro. Enfim... Por um lado não o consigo ver como um benemérito, e mesmo que o fosse, era mal-educado e grosseiro como se viu no caso do Rui Costa e em ter mandado o Mega Ferreira tratar-se, e quanto a isso estamos de acordo, creio eu.

Anónimo disse...

Não consigo simpatizar nada com esta personagem; comendador?! mas que raio de pessoa é que é tratado por comendador? de que ordem, já agora?

Que ele seja rico bom proveito pois que eu saiba não cria nenhuma riqueza em Portugal. ele é um especulador de bolsa, compra, agita, vende com lucros não tributáveis.
Não conheço empresas produtivas ou industrias nem postos de trabalho criados por ele.
Não me parece que seja um colecionador de arte, mas apenas mais um negócio especulativo. A história anunciada durante anos na imprensa, nomeadamente no expresso, era a que o sr queria oferecer a sua colecção ao estado tendo como contrapartida dar o nome ao museu. a realidade é diferente, é um empréstimo com opção de compra.

Há que dizê-lo com frontalidade: é um pato bravo.

contradicoes disse...

Longe de mim hostilizar as visitas da amiga Emiele. O meu propósito foi apenas e só demonstrar que este senhor, arrogante ou não, para mim isso é uma questão menor, veio para Portugal para ajudar a melhorar as condições de vida dos seus compatriotas ou se, pelo contrário apenas e só como tantos outros que de cá nunca saíram mas são igualmente empresários da mesmas craveira e apenas e só têm-se servido das condições político económicas para melhorar cada vez mais a sua riqueza.

Anónimo disse...

O senhor é tratado por «investidor» e «coleccionador», de facto até é. E «comendador» também (até parece que estamos num romance de Eça de Queirós ou do tipo...
O que não deixa de ser é um CAPITALISTA em todo o seu esplendor. Penso que neste caso, a Rita que é sensível e emotiva, viu 'as flores' sem reparar no estrume onde estavam as raízes enterradas. A mina de ouro onde o tipo trabalhou e que lhe deu a riqueza, tinha alguma coisa, diz-se que nem tudo que luz é oiro, mas se carlhar a luz do ouro não é assim tão brilhante, porque como disse acho-o um capitalista vulgaríssimo, que tem esse hobby elegante de coleccionar obras de arte.

Não é que tenha nada contra este tipo em particular, tenho contra qualquer grande capitalista e o que a imprensa mostra do seu comportamento, não é simpático.

Anónimo disse...

Pedro Tarquínio: Grã Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Como foi antes desta doação, deve ter recebido a comenda por ter muito dinheiro...

josé palmeiro disse...

Mas, em que mundo vivemos? Qual a dúvida de que vivemos no meio do capitalismo selvagem, onde os felinos, terão sempre mais hipóteses que os ruminantes. Joe, o Berardo, é um felino, que por acaso, não é leão, é águia, é aqilo que se designa por um felino de rapina. Como benfiquista e como cidadão , não gosto deste tipo de viventes, mas eles existem e negá-lo é negar uma evidência. Está visto que o dito, se investe é para ganhar, mais e mais. Depois, tem aquela arrogância, própria dos self-made-man, que , a mim me doi menos que a outra, a dos aristocratas. Vamos lá questionar-nos, como é que o Belmiro tem o que tem, o Sousa Cintra tem o que tem, os, Champalimaud, têm o que têm, e tantos tantos outros, que nos oprimem e nos mandam para a fossa. Façamos lá esse exercício.

cereja disse...

Bom comentário o teu, Zé Palmeiro. É exactamente isso!

saltapocinhas disse...

já uma vez escrevi (e levantei polémica) que não gosto das pessoas que enriquecem sem nada produzir, como é o caso deste senhor. Ele enriquece milhões de um dia para o outro porque as acções sobem, e enriquece porque os seus quadros são valorizados...
Eu respeito mais as pessoas que, com o seu trabalho produzem algo e não estes "investidores".

Anónimo disse...

obrigado pela informação Gui.
fui investigar o significado:
"Ordem do Infante D. Henrique que visa distinguir a prestação de serviços relevantes a Portugal, no País ou no estrangeiro ou serviços na expansão da cultura portuguesa, sua História e seus valores"

Subscrevo o comentário aqui em cima da SaltaPocinhas.